O Homem Urubu está à espreita
Em busca da carniça alheia
Com as desventuras dos outros se deleita
O rancor corre na veia
Podem passar dias, meses, anos
O Homem Urubu tem seus planos
De revirar o que era para ser esquecido
Reencontrar o que já estava sumido
Sempre querendo urubuzar
Encosto a sobrevoar
Rondando, rondando
Imaginando, maquinando
Sua fome atiça
Estômago humano, cérebro de carniça
Homem Urubu
Vá tomar... tento
O trabalho Reflexões Refletidas de Fabrício Olmo Aride foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada. |
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
Lábia
A lábia pode resultar em conquistas
Ou confundir as pistas
Evitar o caminho perigoso
Ou seguir um caminho tortuoso
A lábia pode levar o cego a enxergar
Ou a tropeçar
Trazer soluções inovadoras
Ou realidades desmotivadoras
A lábia pode fazer um sonho acontecer
Ou a frustração trazer
Produzir ganho e satisfação
Ou uma grande desilusão
A lábia pode gerar uma bela estrofe
Ou causar uma terrível catástrofe
Pintar uma bela simplicidade
Ou uma terrível complexidade
A lábia pode atender aos interesses coletivos
Ou gerar pilares restritivos
Pode comprovar por A mais B
Ou se perder no A a Z
Quando for dar a cara para bater
Pelo resultado terá que responder
Qual é o seu tipo de lábia?
Espero que seja sábia
Ou confundir as pistas
Evitar o caminho perigoso
Ou seguir um caminho tortuoso
A lábia pode levar o cego a enxergar
Ou a tropeçar
Trazer soluções inovadoras
Ou realidades desmotivadoras
A lábia pode fazer um sonho acontecer
Ou a frustração trazer
Produzir ganho e satisfação
Ou uma grande desilusão
A lábia pode gerar uma bela estrofe
Ou causar uma terrível catástrofe
Pintar uma bela simplicidade
Ou uma terrível complexidade
A lábia pode atender aos interesses coletivos
Ou gerar pilares restritivos
Pode comprovar por A mais B
Ou se perder no A a Z
Quando for dar a cara para bater
Pelo resultado terá que responder
Qual é o seu tipo de lábia?
Espero que seja sábia
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
Mudança
Mudança de momento
De pensamento
Opções antes descartadas
Reconsideradas
Vida, experiência
A saída é a consciência
Preparar
Mergulhar
No mar da mudança
De constante correnteza
Com perseverança
À procura da certeza
O tempo passa
A idade aumenta
Caçador ou caça
De lições se alimenta
Não é possível parar
É necessário nadar
O pulmão aguenta
E o coração vence a tormenta
De pensamento
Opções antes descartadas
Reconsideradas
Vida, experiência
A saída é a consciência
Preparar
Mergulhar
No mar da mudança
De constante correnteza
Com perseverança
À procura da certeza
O tempo passa
A idade aumenta
Caçador ou caça
De lições se alimenta
Não é possível parar
É necessário nadar
O pulmão aguenta
E o coração vence a tormenta
domingo, 30 de novembro de 2014
É hora II
É hora de parar de esperar
Não vale a pena lamentar
É hora de parar de pensar no que já era
Olhar para si de forma sincera
É hora de ter a cabeça no lugar
Na realidade mergulhar
Seguir em frente
Consciente
É hora de largar as coisas ruins
Novos começos, decretados fins
Encontrar novamente um sentido
Sabendo que tudo é indefinido
É hora de tomar uma decisão
Em meio a tanta questão
É hora de parar por aqui
Para continuar por ali
É hora de saber o que quer
O que não quer
É hora de parar de se iludir
E reconstruir
Não vale a pena lamentar
É hora de parar de pensar no que já era
Olhar para si de forma sincera
É hora de ter a cabeça no lugar
Na realidade mergulhar
Seguir em frente
Consciente
É hora de largar as coisas ruins
Novos começos, decretados fins
Encontrar novamente um sentido
Sabendo que tudo é indefinido
É hora de tomar uma decisão
Em meio a tanta questão
É hora de parar por aqui
Para continuar por ali
É hora de saber o que quer
O que não quer
É hora de parar de se iludir
E reconstruir
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Oh, vida
Oh, vida difícil
Uso de qualquer artifício
Para sentir-se confortável
Em uma era mutante e instável
Religião, filosofia, psicologia, droga, remédio
Solidão, tédio
Vontade de gritar
Esperando alguém escutar
Ritmo acelerado
Verdades banais
Certo versus errado
Avalanches de mais, mais e mais
Novidades que vão embora
Um dia é tempo de outrora
Vazio em saturação
Exposição
Indivíduos
Individualidade
Discípulos
Da desigualdade
Admirável mundo descartável
Somente o agora é louvável
Ajoelhemo-nos em oração
Ao Deus intangível, símbolo da perfeição
Uso de qualquer artifício
Para sentir-se confortável
Em uma era mutante e instável
Religião, filosofia, psicologia, droga, remédio
Solidão, tédio
Vontade de gritar
Esperando alguém escutar
Ritmo acelerado
Verdades banais
Certo versus errado
Avalanches de mais, mais e mais
Novidades que vão embora
Um dia é tempo de outrora
Vazio em saturação
Exposição
Indivíduos
Individualidade
Discípulos
Da desigualdade
Admirável mundo descartável
Somente o agora é louvável
Ajoelhemo-nos em oração
Ao Deus intangível, símbolo da perfeição
terça-feira, 4 de novembro de 2014
Há vezes
Há vezes que vale a pena lutar
Se no intuito acreditar
Aí se faz das tripas coração
Para a solução da equação
Há vezes que se quer insistir
Por medo do que pode estar por vir
Vê-se um fim como O Fim
Mas não é bem assim
Há vezes que é bom deixar-se cair
Cair de pé e prosseguir
Dar-se o direito de esfriar a cabeça
Para que a alma aqueça
Ter um tempo para si
Descansar, refletir
Ficar sossegado
Despreocupado
Se não existe paz
Nada existe mais
Se existe algema
Então não vale a pena
sábado, 1 de novembro de 2014
Caótico
Cristianismo
Bruxaria
Pragmatismo
Anarquia
Ritual da lua
Verdade nua e crua
Isolamento no convento
Inacessível como o firmamento
Mitologia
Budismo, islamismo, judaísmo
Exoterismo, alquimia, magia
Ismo, ismo, sincretismo
Vela, pandeiro
Psicologia, dinheiro
Galinha preta, trabalho
Pinga, chocalho
Louvor ao amor
Felicidade, clamor
Ministrar o johrei
Viva o Rei!
Paroxismo
Satanismo
Realidade
Utopia da igualdade
Cuidado com o demônio
Seja perfeito, idôneo
Tenha juízo, ser racional
Até o dia do juízo final
Política e religião
Situação, coligação, oposição
Igreja, terreiro
Caótico Apostólico Brasileiro
Elo
O elo forte une
O elo fraco pune
O elo é forte quando há a mesma intenção
O elo é fraco quando é oposta a direção
Elo?
Ou duelo?
Se elo, cabeça no lugar
Se duelo, cabeças vão rolar
De que lado você está?
Se está no meio, comece a rezar
Pois o elo pode tentar trazer luz
Mas acabar pregado na cruz
O elo fraco pune
O elo é forte quando há a mesma intenção
O elo é fraco quando é oposta a direção
Elo?
Ou duelo?
Se elo, cabeça no lugar
Se duelo, cabeças vão rolar
De que lado você está?
Se está no meio, comece a rezar
Pois o elo pode tentar trazer luz
Mas acabar pregado na cruz
domingo, 26 de outubro de 2014
E aí, mano?
E aí mano, beleza?
Vamos falar sobre errar?
Errar é falta de esperteza
Somos pouco espertos, com certeza
Xi, mano, fazemos merda
Escolhemos merda
Depois seguimos insatisfeitos
Viva nós, os eleitos!
Verdade, vida
Realidade entorpecida
Valoriza-se a palavra amor
O que se vê é clamor
Em todos os frenéticos dias
Manhãs e tardes quentes, noites frias
É necessário ser o dono da razão oca
Fragmentos torpes saem da boca
É, mano, falamos merda
Então pensei e escrevi esta merda
Sobre o efêmero e o perecível
O patético e o desprezível
Vamos falar sobre errar?
Errar é falta de esperteza
Somos pouco espertos, com certeza
Xi, mano, fazemos merda
Escolhemos merda
Depois seguimos insatisfeitos
Viva nós, os eleitos!
Verdade, vida
Realidade entorpecida
Valoriza-se a palavra amor
O que se vê é clamor
Em todos os frenéticos dias
Manhãs e tardes quentes, noites frias
É necessário ser o dono da razão oca
Fragmentos torpes saem da boca
É, mano, falamos merda
Então pensei e escrevi esta merda
Sobre o efêmero e o perecível
O patético e o desprezível
Vontade
Tenho vontade de andar por aí
Sem saber onde ir
Se me perder, perguntar
Sem saber ao certo onde chegar
Tenho vontade de planar
Sobre a superfície olhar
Procurar, entender
Ver, escolher no que crer
Tenho vontade de escalar
Encontrar um bom lugar
Comprovar o que imagino
E transformar num hino
Se sou errado
Carrego o fardo
Contraditório dia a dia
Pessimismo, utopia
Perto ou longe do fim
Não sei o que será de mim
Só me resta curtir
Sem pirar no porvir
Sem saber onde ir
Se me perder, perguntar
Sem saber ao certo onde chegar
Tenho vontade de planar
Sobre a superfície olhar
Procurar, entender
Ver, escolher no que crer
Tenho vontade de escalar
Encontrar um bom lugar
Comprovar o que imagino
E transformar num hino
Se sou errado
Carrego o fardo
Contraditório dia a dia
Pessimismo, utopia
Perto ou longe do fim
Não sei o que será de mim
Só me resta curtir
Sem pirar no porvir
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Enquanto
Se a conversa cruza as diagonais
E não estou em nenhuma delas
Se as realidades são desiguais
Casas, edifícios, favelas
Se a vida é tensa para todo mundo
Se mais feliz é quem não tem muito
Se parece que instrução é desilusão
Que ser feliz é não ter questão
Então me questiono sobre o que é ser são
E não meter os pés pelas mãos
E se estamos na era da aceitação
Aceitamos docilmente a corrupção
O melhor é o que convém ao ego
Para aos arredores, é melhor ser cego
E eis que recebemos o soco na boca do estômago
Na boca do âmago
E assim seguimos
Em meio a nossos achismos
Em busca de mais ou menos, menos ou mais
Enquanto não descansamos em paz
E não estou em nenhuma delas
Se as realidades são desiguais
Casas, edifícios, favelas
Se a vida é tensa para todo mundo
Se mais feliz é quem não tem muito
Se parece que instrução é desilusão
Que ser feliz é não ter questão
Então me questiono sobre o que é ser são
E não meter os pés pelas mãos
E se estamos na era da aceitação
Aceitamos docilmente a corrupção
O melhor é o que convém ao ego
Para aos arredores, é melhor ser cego
E eis que recebemos o soco na boca do estômago
Na boca do âmago
E assim seguimos
Em meio a nossos achismos
Em busca de mais ou menos, menos ou mais
Enquanto não descansamos em paz
Verdarte
Quero dizer que o que vale é a bondade
Que é boa a simplicidade
Que a verdade é reta
Que a felicidade é concreta
Quero dizer que procuro melhorar
Mas estou aprendendo a cagar e andar
Que ninguém é autossuficiente
E, muito menos, coerente
Quero dizer que não sei o que estou dizendo
Não sei sequer o que estou fazendo
Mas estou sobrevivendo
Estou vivendo!
Quero dizer que somos masoquistas
Por ligarmos satisfação a conquistas
Conquista de bens
És o que tens?
Quero dizer que é bom ter controle
Mas, melhor ainda, é o tempero do descontrole
Que amor rima com cor
E cor rima com flor
Cores
Valores
Arte
Verdarte
Que é boa a simplicidade
Que a verdade é reta
Que a felicidade é concreta
Quero dizer que procuro melhorar
Mas estou aprendendo a cagar e andar
Que ninguém é autossuficiente
E, muito menos, coerente
Quero dizer que não sei o que estou dizendo
Não sei sequer o que estou fazendo
Mas estou sobrevivendo
Estou vivendo!
Quero dizer que somos masoquistas
Por ligarmos satisfação a conquistas
Conquista de bens
És o que tens?
Quero dizer que é bom ter controle
Mas, melhor ainda, é o tempero do descontrole
Que amor rima com cor
E cor rima com flor
Cores
Valores
Arte
Verdarte
sábado, 18 de outubro de 2014
Fernandinho
Bonita camisa, Fernandinho!
Que "istressis", Fernandinho!
É, Fernandinho...
Caíste no padrão do caminho
Acordando sempre cedo
Trabalhando fervorosamente
Dedicado, mas com medo
Que a chapa esquente
Mas você não conta para ninguém
Os outros têm que te ver como alguém
Se perde o emprego, está "em transição de carreira"
Mantém sempre as boas maneiras
Fernandinho, seja sorridente e feliz
O dono do seu nariz
Inteligente e autossuficiente
Em uma sociedade frágil e prepotente
Relativize a ética
Sinta que tudo pode
Mostre-se uma persona épica
Que nunca se fode
Isso aí, Fernandinho
Isso aí, outro Fernandinho
Bonita camisa
Estrela da fama onde pisa
Que "istressis", Fernandinho!
É, Fernandinho...
Caíste no padrão do caminho
Acordando sempre cedo
Trabalhando fervorosamente
Dedicado, mas com medo
Que a chapa esquente
Mas você não conta para ninguém
Os outros têm que te ver como alguém
Se perde o emprego, está "em transição de carreira"
Mantém sempre as boas maneiras
Fernandinho, seja sorridente e feliz
O dono do seu nariz
Inteligente e autossuficiente
Em uma sociedade frágil e prepotente
Relativize a ética
Sinta que tudo pode
Mostre-se uma persona épica
Que nunca se fode
Isso aí, Fernandinho
Isso aí, outro Fernandinho
Bonita camisa
Estrela da fama onde pisa
Vou
Vou andando
Vou nadando
Vou voando
Não sei até quando
Em busca de não sei o quê
Se estou vivo, este é o porquê
Catarse e estranhamento
Flores e cimento
É assim
Saio de mim
Viajo pelos planetas
No clichê das caudas dos cometas
Sou sério
Mas também saio do sério
Me agrada a caminhada
Em busca de "nada"
É só reflexão
Após madura, se torna ação
Só quero curtir a minha viagem
Da descoberta à garimpagem
Vou nadando
Vou voando
Não sei até quando
Em busca de não sei o quê
Se estou vivo, este é o porquê
Catarse e estranhamento
Flores e cimento
É assim
Saio de mim
Viajo pelos planetas
No clichê das caudas dos cometas
Sou sério
Mas também saio do sério
Me agrada a caminhada
Em busca de "nada"
É só reflexão
Após madura, se torna ação
Só quero curtir a minha viagem
Da descoberta à garimpagem
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
Que saudades!
Sou tranquilo
Curto minha vibe sozinho
Ou com quem queira fazer parte
Transformando o papo em arte
Sou tranquilo
Como um grilo
Gosto menos de falar, mais de ouvir
De voltar, de ir
Não tenho ideia fixa
Não gosto de ideia prolixa
Gosto da simplicidade
Não difiro idade
Gosto de solução
Sem soluço, eis a questão
Vejo seres humanos cegos
Em uma guerra de egos
Estou aí
Até hoje não caí
Procuro a parada certa
A verdade é reta
Não me importo com grandeza
Não me importo com riqueza
Mas quero ver a coisa andar
E chegar ao desejado patamar
E quero isso o mais rápido possível
Enquanto outros querem tornar impossível
Consciente ou inconsciente
Presente, porém ausente
Eu quero fazer
Eu quero acontecer
No amanhecer, entardecer, anoitecer
Para que as coisas realmente possam ser
Sou o conhecimento, a verdade e a vida
Sou a cura de qualquer ferida
Sou o amor para ti e para os teus
Sou Deus
Que saudades de ti, Deus!
Curto minha vibe sozinho
Ou com quem queira fazer parte
Transformando o papo em arte
Sou tranquilo
Como um grilo
Gosto menos de falar, mais de ouvir
De voltar, de ir
Não tenho ideia fixa
Não gosto de ideia prolixa
Gosto da simplicidade
Não difiro idade
Gosto de solução
Sem soluço, eis a questão
Vejo seres humanos cegos
Em uma guerra de egos
Estou aí
Até hoje não caí
Procuro a parada certa
A verdade é reta
Não me importo com grandeza
Não me importo com riqueza
Mas quero ver a coisa andar
E chegar ao desejado patamar
E quero isso o mais rápido possível
Enquanto outros querem tornar impossível
Consciente ou inconsciente
Presente, porém ausente
Eu quero fazer
Eu quero acontecer
No amanhecer, entardecer, anoitecer
Para que as coisas realmente possam ser
Sou o conhecimento, a verdade e a vida
Sou a cura de qualquer ferida
Sou o amor para ti e para os teus
Sou Deus
Que saudades de ti, Deus!
Você que me faz tão mal
Cansei de você
Que me faz tão mal
Sinto-me um burro e o porquê
Você é perda de tempo total
Franzo minha testa em sofrimento
Fumaça fora, fumaça dentro
Sinto-me enfraquecido
Burro enlouquecido
Deixe-me em paz
Quero respirar levemente
Tenho que ser capaz
Tenho coração e mente
Se quero ser feliz
E ser dono do meu nariz
Preciso lhe deixar
Para você não me matar
Chega de recaída
Preciso sair dessa vida
Fica aqui meu inconformismo
Contra o sadotabagismo
Que me faz tão mal
Sinto-me um burro e o porquê
Você é perda de tempo total
Franzo minha testa em sofrimento
Fumaça fora, fumaça dentro
Sinto-me enfraquecido
Burro enlouquecido
Deixe-me em paz
Quero respirar levemente
Tenho que ser capaz
Tenho coração e mente
Se quero ser feliz
E ser dono do meu nariz
Preciso lhe deixar
Para você não me matar
Chega de recaída
Preciso sair dessa vida
Fica aqui meu inconformismo
Contra o sadotabagismo
Mirabola
Mirabola questões
Situações
Complexidades teóricas
De práticas utópicas
Mirabola a megalomania
Que mania!
O simples tem que ser complicado
E magicamente aplicado
Mirabola a utilidade
A flexibilidade
Em um futuro distante
De um presente minguante
Mirabola a grande invenção
A perfeição
Conexão entre infinitos pontos
Caminham sobre o mar, os tontos
Mirabola
Não descola, não decola
Mirabola sem parar
E não sai do lugar
Situações
Complexidades teóricas
De práticas utópicas
Mirabola a megalomania
Que mania!
O simples tem que ser complicado
E magicamente aplicado
Mirabola a utilidade
A flexibilidade
Em um futuro distante
De um presente minguante
Mirabola a grande invenção
A perfeição
Conexão entre infinitos pontos
Caminham sobre o mar, os tontos
Mirabola
Não descola, não decola
Mirabola sem parar
E não sai do lugar
sábado, 11 de outubro de 2014
O bom malandro
O bom malandro
Reconhece o meandro
Procura o ponto certo
Caminha ereto
Pensa antes de fazer
Prefere ver e crer
Busca integração
Mede mente e coração
Foge da inimizade
Ama o amor e a paz
Acredita na felicidade
Sente-se capaz
Cumpre com as responsabilidades
Vê paisagem nas tempestades
Procura ser o melhor que pode
Quando o desânimo ameaça, se sacode
O bom malandro
Pode ser vermelho, amarelo, preto, branco
Bossa nova, sambista, funkeiro, regueiro
Do blues, do clássico, rockeiro
Andar só de bermuda
Ou usar óculos de lente funda
Ser uma pessoa mais parada
Ou mais agitada
O bom malandro se conhece
Escolhe o sentido que lhe apetece
Entende o sacrifício da lida
E segue os bons caminhos da vida
Reconhece o meandro
Procura o ponto certo
Caminha ereto
Pensa antes de fazer
Prefere ver e crer
Busca integração
Mede mente e coração
Foge da inimizade
Ama o amor e a paz
Acredita na felicidade
Sente-se capaz
Cumpre com as responsabilidades
Vê paisagem nas tempestades
Procura ser o melhor que pode
Quando o desânimo ameaça, se sacode
O bom malandro
Pode ser vermelho, amarelo, preto, branco
Bossa nova, sambista, funkeiro, regueiro
Do blues, do clássico, rockeiro
Andar só de bermuda
Ou usar óculos de lente funda
Ser uma pessoa mais parada
Ou mais agitada
O bom malandro se conhece
Escolhe o sentido que lhe apetece
Entende o sacrifício da lida
E segue os bons caminhos da vida
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Vai...
Chega perto não
Estou na sua contramão
Não concordo contigo
Olhe para o seu umbigo
Escute o que sai da sua boca
Você devia ser mudo
Você parece uma criatura louca
Perdida no mundo
Sai de perto
Meu papo é reto
Não é porque a situação mudou
Que deixarei de ser quem sou
Se enxerga, moleque
Quem sente a brisa não precisa de leque
Fica aí na sua piração
Repito, estou na sua contramão
Você diz que sua ética é diferente
Como se bondade fosse algo incoerente
Perdi tempo refletindo sobre você
Vai se foder
Estou na sua contramão
Não concordo contigo
Olhe para o seu umbigo
Escute o que sai da sua boca
Você devia ser mudo
Você parece uma criatura louca
Perdida no mundo
Sai de perto
Meu papo é reto
Não é porque a situação mudou
Que deixarei de ser quem sou
Se enxerga, moleque
Quem sente a brisa não precisa de leque
Fica aí na sua piração
Repito, estou na sua contramão
Você diz que sua ética é diferente
Como se bondade fosse algo incoerente
Perdi tempo refletindo sobre você
Vai se foder
Fique aí
Se ficou caro
Raro
Complicado
Revirado
Se ficou complexo
Côncavo ou convexo
Prolixo
Sem saber o ponto fixo
Se ficou maluco
Enquanto canta o cuco
Se o tempo vai
E a verdade atual esvai
Se o que era
Não é mais
Se acabou uma era
E eis o dilema do ser capaz
Se, se, se, se
Se você diz isso por você
Se fazer mal ao outro é o seu lazer
Então fique aí no seu não ser
Raro
Complicado
Revirado
Se ficou complexo
Côncavo ou convexo
Prolixo
Sem saber o ponto fixo
Se ficou maluco
Enquanto canta o cuco
Se o tempo vai
E a verdade atual esvai
Se o que era
Não é mais
Se acabou uma era
E eis o dilema do ser capaz
Se, se, se, se
Se você diz isso por você
Se fazer mal ao outro é o seu lazer
Então fique aí no seu não ser
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
O combate
Existe uma predisposição pessimista
E de repente a realidade é otimista
O que parecia sem sentido
Se torna cristalino e límpido
São as fases legais da vida
Onde situações inesperadas se encontram
E surge um novo ponto de partida
As dúvidas não mais amedrontam
É a hora de partir para cima
Fazer com que tudo siga a rima
Em prol do mesmo objetivo
Pois vitória não é um abstrato substantivo
Vivemos para gostar de viver
Somos o que queremos ser
Não é uma questão material
Mas de ficar satisfeito no final
Existem muitas fontes de alegria
E a melhor de todas é a empatia
Valorização das virtudes, aceitação dos defeitos
De que podemos ser ótimos, não perfeitos
União
Consagração
Crer
Fazer
Tranquilidade
Sem ansiedade
Porque no combate, se se abate
O destino é o abate
E de repente a realidade é otimista
O que parecia sem sentido
Se torna cristalino e límpido
São as fases legais da vida
Onde situações inesperadas se encontram
E surge um novo ponto de partida
As dúvidas não mais amedrontam
É a hora de partir para cima
Fazer com que tudo siga a rima
Em prol do mesmo objetivo
Pois vitória não é um abstrato substantivo
Vivemos para gostar de viver
Somos o que queremos ser
Não é uma questão material
Mas de ficar satisfeito no final
Existem muitas fontes de alegria
E a melhor de todas é a empatia
Valorização das virtudes, aceitação dos defeitos
De que podemos ser ótimos, não perfeitos
União
Consagração
Crer
Fazer
Tranquilidade
Sem ansiedade
Porque no combate, se se abate
O destino é o abate
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Gosto
Gosto de mistura
Sanidade e loucura
Encadeamentos
Momentos
Gosto de fazer acontecer
De ver acontecer
Da forma prática
Reta e sem plástica
Gosto do preto no branco
Da muleta e do manco
Do caminho tortuoso
Do futuro nebuloso
Gosto de me sentir bem
Satisfeito com, satisfeito sem
Um dia de cada vez
O talvez
O que há?
O que verá?
O que virá?
Será?
Sanidade e loucura
Encadeamentos
Momentos
Gosto de fazer acontecer
De ver acontecer
Da forma prática
Reta e sem plástica
Gosto do preto no branco
Da muleta e do manco
Do caminho tortuoso
Do futuro nebuloso
Gosto de me sentir bem
Satisfeito com, satisfeito sem
Um dia de cada vez
O talvez
O que há?
O que verá?
O que virá?
Será?
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
Em que acredito
Acredito em história
Em passado de glória
Acredito no presente
Passado e futuro em frente
Acredito na mistura
O velho, o novo, a cura
Acredito em algo sensacional
Com todos felizes no final
Acredito em bons projetos
Que unam afetos e desafetos
Acredito que vamos conseguir
E que a admiração mútua irá emergir
Acredito em perceber todos os lados
No entendimento das limitações
Acredito em valorizar talentos demonstrados
Unindo-se em prol das mesmas ações
Acredito na união
Acredito no time
Que, sim, será campeão
Com entrosamento sublime
Em passado de glória
Acredito no presente
Passado e futuro em frente
Acredito na mistura
O velho, o novo, a cura
Acredito em algo sensacional
Com todos felizes no final
Acredito em bons projetos
Que unam afetos e desafetos
Acredito que vamos conseguir
E que a admiração mútua irá emergir
Acredito em perceber todos os lados
No entendimento das limitações
Acredito em valorizar talentos demonstrados
Unindo-se em prol das mesmas ações
Acredito na união
Acredito no time
Que, sim, será campeão
Com entrosamento sublime
Do que tenho medo
Tenho medo de não progredir
Tenho medo de cair
Tenho medo do fim
Tenho medo de mim
Tenho medo de não somar
Tenho medo de desagregar
Tenho medo de não ser capaz
Tenho medo de ficar para trás
Tenho medo de besteiras
Tenho medo de cegueiras
Tenho medo do insulto
Tenho medo do luto
Tenho medo de não ser acolhido
Tenho medo de ser esquecido
Tenho medo de não ser um ser bom
Tenho medo de não ter dom
Medo santo de cada dia
Fujo do medo sem apatia
Mas tenho medo do beco sem saída
Onde encontrarei o sarcasmo da vida
Tenho medo de cair
Tenho medo do fim
Tenho medo de mim
Tenho medo de não somar
Tenho medo de desagregar
Tenho medo de não ser capaz
Tenho medo de ficar para trás
Tenho medo de besteiras
Tenho medo de cegueiras
Tenho medo do insulto
Tenho medo do luto
Tenho medo de não ser acolhido
Tenho medo de ser esquecido
Tenho medo de não ser um ser bom
Tenho medo de não ter dom
Medo santo de cada dia
Fujo do medo sem apatia
Mas tenho medo do beco sem saída
Onde encontrarei o sarcasmo da vida
sábado, 23 de agosto de 2014
Eu cego
Eu cego meu caminho
Sou um estranho no ninho
Não afirmo, nem nego
E assim cego
Eu cego meu caminho
Entre a flor e o espinho
Refém das mudanças
Mais velozes que lanças
Eu cego o meu caminho
Apraz ou mesquinho
No centro ou de canto
Se danço, canto
Eu cego meu caminho
Escrevendo em pergaminho
Entre ondas nebulosas
E paisagens formosas
Eu cego meu caminho
Pelo pão, pelo vinho
Eu cego
Não nego
Sou um estranho no ninho
Não afirmo, nem nego
E assim cego
Eu cego meu caminho
Entre a flor e o espinho
Refém das mudanças
Mais velozes que lanças
Eu cego o meu caminho
Apraz ou mesquinho
No centro ou de canto
Se danço, canto
Eu cego meu caminho
Escrevendo em pergaminho
Entre ondas nebulosas
E paisagens formosas
Eu cego meu caminho
Pelo pão, pelo vinho
Eu cego
Não nego
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Legal, cara
Ver pessoas de bem
Se dando bem
Ver o esforço empregado
Bem recompensado
Que num momento de desilusão
Surja uma alegria
Que num momento de incompreensão
Surja uma empatia
Que o meio termo vingue
Que querer vingança não vingue
Que a dor e a raiva fiquem para trás
Que as coisas boas matem as coisas más
Quando a respiração é profunda
Quando uma boa ideia é fecunda
Quando o que fere, sara
Legal, cara
Se dando bem
Ver o esforço empregado
Bem recompensado
Que num momento de desilusão
Surja uma alegria
Que num momento de incompreensão
Surja uma empatia
Que o meio termo vingue
Que querer vingança não vingue
Que a dor e a raiva fiquem para trás
Que as coisas boas matem as coisas más
Quando a respiração é profunda
Quando uma boa ideia é fecunda
Quando o que fere, sara
Legal, cara
domingo, 17 de agosto de 2014
Essa é a lei
Hoje já não sei
Essa é a lei
Conceitos quebrados
Emancipados
Controle, não há
Ondas revoltas no mar
Em busca de sentido
O desconstruído, o reconstruído
Deixando seguir
Buscando algo emergir
Dentro da imersão
Da questão
Fatos se encontram
Fatos se desencontram
Fatos levam a choques
Explosão de enfoques
Verdades milenares
Com quedas de pilares
Verdades que se desfazem
E tanto vazio trazem
Preciso?
Publicidade
Falsidade
Exoneração
Corrupção
Pilantragem
Maquiagem
Estelionato
Assassinato
Inflação
Perturbação
Crédito
Descrédito
Roleta russa
Situação tá russa
Promessas
Realidades perversas
Sabotagem
Camuflagem
Conchavos
De sei lá quantos avos
À espera das figuras míticas
Que unirão amor e poder
Por que fujo das políticas?
Preciso responder?
Falsidade
Exoneração
Corrupção
Pilantragem
Maquiagem
Estelionato
Assassinato
Inflação
Perturbação
Crédito
Descrédito
Roleta russa
Situação tá russa
Promessas
Realidades perversas
Sabotagem
Camuflagem
Conchavos
De sei lá quantos avos
À espera das figuras míticas
Que unirão amor e poder
Por que fujo das políticas?
Preciso responder?
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
É hora
Quando não é levado a sério
Quando quer dizer um impropério
Quando se sente de lado
Quando quer ficar no seu quadrado
É hora
Quando não se sente bem recebido
Quando nota um mal preconcebido
Quando não quer ficar deitado
Quando se sente amarrado
É hora
Quando acha descabido
Quando acaba a libido
Quando invade a inanição
Quando abusiva é a pressão
É hora
Quando o que ouve é concordância
E o que vê é discordância
Quando não é necessário morrer
Para que possa renascer
É hora
É hora
De cair fora
Quando quer dizer um impropério
Quando se sente de lado
Quando quer ficar no seu quadrado
É hora
Quando não se sente bem recebido
Quando nota um mal preconcebido
Quando não quer ficar deitado
Quando se sente amarrado
É hora
Quando acha descabido
Quando acaba a libido
Quando invade a inanição
Quando abusiva é a pressão
É hora
Quando o que ouve é concordância
E o que vê é discordância
Quando não é necessário morrer
Para que possa renascer
É hora
É hora
De cair fora
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Cegueira
Muitas e muitas vezes
Pessoas são tomadas por cegueiras
A solução é óbvia, há anos e meses
Mas a sensatez perde as estribeiras
Solução bem na frente
Rente
Bem na cara
Descara
Mas não vê
Não pensa
Não crê
E faz a sentença
Podendo ter uma solução interna, clara e imediata
Prefere uma solução externa, obscura e inexata
Lembrando aquela filosofia do descaminho
Grama mais verde é a do vizinho
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
O que são os pesadelos?
Já sonhei que caía de um prédio
Acordei com um susto, seguido de tédio
Já sonhei que estava numa caverna com bichos peçonhentos
Acordei com péssimos (pre)sentimentos
Já sonhei que, em acidente automobilístico, morri
Vi-me atropelado, esmagado, aqui e ali
Já sonhei que vagava numa praia totalmente escurecida
E acordei pensando no sentido da vida
Com loucuras vindas não sei de onde
Já sonhei que um morcego me levou pela gola ao horizonte
Em meio às nuvens me largou
Acordei me perguntando o que sou
Já sonhei que fui atacado por um cão feroz
E acordei pensando como a vida é atroz
Notei-me como algo perecível
Que pode ser engolido da forma mais terrível
Já tive a visão de minha mãe vestida a espanhola
Estilo flamenco, com direito a castanhola
Era criança e acordei em desespero
Nunca compreendi tamanho exagero
Já sonhei que após ter mergulhado
Em alguma piscina de algum lugar
Deparei-me com um teto envidraçado
E acordei tentando respirar
Já acordei gritando aterrorizado
Cercado do silêncio a todo lado
Tive muitos pesadelos
E continuo, por vezes, a tê-los
Alguns veem pesadelos como premonição, coisa boa, ou algo sem noção
Eu vejo como lição
Real e surreal
Luta entre o bem e o mal
Já sonhei com meus falecimentos diversos
Estou vivo para escrever estes versos
Nunca, dos pesadelos, desdenho
Com palavras, os desenho
Questões de criança, adolescente, adulto
Do que me perdoo, do que me culpo
Pressões de mundo, país, cidade, sociedade, trabalho, amigos, inimigos, família
Sentimento de ilha
Cercada, amada
Vigiada, atacada
Que reage por natureza
Mesmo devastada, com beleza
Não tenho vergonha do que escrevo
Coloco minha alma em alto relevo
E lutando para sanar cada cicatriz
Ainda encontro tempo para ser feliz
Acordei com um susto, seguido de tédio
Já sonhei que estava numa caverna com bichos peçonhentos
Acordei com péssimos (pre)sentimentos
Já sonhei que, em acidente automobilístico, morri
Vi-me atropelado, esmagado, aqui e ali
Já sonhei que vagava numa praia totalmente escurecida
E acordei pensando no sentido da vida
Com loucuras vindas não sei de onde
Já sonhei que um morcego me levou pela gola ao horizonte
Em meio às nuvens me largou
Acordei me perguntando o que sou
Já sonhei que fui atacado por um cão feroz
E acordei pensando como a vida é atroz
Notei-me como algo perecível
Que pode ser engolido da forma mais terrível
Já tive a visão de minha mãe vestida a espanhola
Estilo flamenco, com direito a castanhola
Era criança e acordei em desespero
Nunca compreendi tamanho exagero
Já sonhei que após ter mergulhado
Em alguma piscina de algum lugar
Deparei-me com um teto envidraçado
E acordei tentando respirar
Já acordei gritando aterrorizado
Cercado do silêncio a todo lado
Tive muitos pesadelos
E continuo, por vezes, a tê-los
Alguns veem pesadelos como premonição, coisa boa, ou algo sem noção
Eu vejo como lição
Real e surreal
Luta entre o bem e o mal
Já sonhei com meus falecimentos diversos
Estou vivo para escrever estes versos
Nunca, dos pesadelos, desdenho
Com palavras, os desenho
Questões de criança, adolescente, adulto
Do que me perdoo, do que me culpo
Pressões de mundo, país, cidade, sociedade, trabalho, amigos, inimigos, família
Sentimento de ilha
Cercada, amada
Vigiada, atacada
Que reage por natureza
Mesmo devastada, com beleza
Não tenho vergonha do que escrevo
Coloco minha alma em alto relevo
E lutando para sanar cada cicatriz
Ainda encontro tempo para ser feliz
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
Nadim, meu pai, setenta anos
Cê tenta fazer
E faz por prazer
Não foge da lida
Valoriza a vida
Não foge da lida
Valoriza a vida
Cê tenta recuperar
Há tempos recuperou
Recuperou o seu lugar
Recuperou o seu lugar
Levantou, voou
Quem nasceu para ser águia
Não acaba em água
Cê tenta e está aí, firme e forte
Seja no sul, seja no norte
Fazendo o melhor que pode
Sem que obstáculos o pode
Cê tenta e consegue
Cê tenta e se ergue
Nesta data, com amigos e a família
Você é a ilha
Cercada do amor, do bem
Setenta, Oitenta, Noventa, Cem
Fausto Fanti
E quando o humor perde a graça
Encontrando-se com a desgraça?
Fausto Fanti nos deixou
A morte o levou
Não consigo entender
Alguém que nos fazia rir
Agora nos faz surpreender
Deixou-se ir
Quais seriam os motivos?
Sobre isso, não há registros
De repente, a notícia chegou
E nos consternou
Nunca fui de rir
De programas de comédia
Mas me dobrava de rir, até cair
Daquela "toscomédia"
Hermes e Renato
Riso nato
Piada com a vida
Ficou uma ferida
Foi só ver para crer
Melhor humor da história da TV
Precisamos de vocês
Tentem outra vez
Encontrando-se com a desgraça?
Fausto Fanti nos deixou
A morte o levou
Não consigo entender
Alguém que nos fazia rir
Agora nos faz surpreender
Deixou-se ir
Quais seriam os motivos?
Sobre isso, não há registros
De repente, a notícia chegou
E nos consternou
Nunca fui de rir
De programas de comédia
Mas me dobrava de rir, até cair
Daquela "toscomédia"
Hermes e Renato
Riso nato
Piada com a vida
Ficou uma ferida
Foi só ver para crer
Melhor humor da história da TV
Precisamos de vocês
Tentem outra vez
sábado, 26 de julho de 2014
Desnecessário
Desnecessário bater boca
Marcar toca
Achar-se o maioral
Em gênero, número e grau
Desnecessário pisar
Não querer escutar
Ser o dono da verdade
Aos erros alheios, fazer alarde
Desnecessário impor regra
Competir ferozmente
E quando o bicho pega
Fugir pela tangente
Desnecessário achar o mundo mau
Viver com o escudo e meter o pau
Atacar para se defender
Passar por cima, ofender
Desnecessário levar-se tão a sério
Com inveja e ira, construir um império
Necessário o amor no que faz e no que diz
E colocar-se na qualidade de aprendiz
Marcar toca
Achar-se o maioral
Em gênero, número e grau
Desnecessário pisar
Não querer escutar
Ser o dono da verdade
Aos erros alheios, fazer alarde
Desnecessário impor regra
Competir ferozmente
E quando o bicho pega
Fugir pela tangente
Desnecessário achar o mundo mau
Viver com o escudo e meter o pau
Atacar para se defender
Passar por cima, ofender
Desnecessário levar-se tão a sério
Com inveja e ira, construir um império
Necessário o amor no que faz e no que diz
E colocar-se na qualidade de aprendiz
quinta-feira, 17 de julho de 2014
Conservadores
A novidade traz sustos
É caótica
Aqueles que se arrogam astutos
Relutam em mudar de ótica
A novidade traz complicações
Faz mudar a forma
Reformula as ações
Mata a antiga norma
A novidade pode ser para melhor
Mas a primeira reação é achar pior
Só a experiência provará
Só o tempo dirá
Para os conservadores
É oneroso rever valores
Rever conceitos
Sobrescrever preconceitos
Ouvir, argumentar
Discernir, estudar
Pois é um crime dizer "não"
Sem compreender de antemão
É caótica
Aqueles que se arrogam astutos
Relutam em mudar de ótica
A novidade traz complicações
Faz mudar a forma
Reformula as ações
Mata a antiga norma
A novidade pode ser para melhor
Mas a primeira reação é achar pior
Só a experiência provará
Só o tempo dirá
Para os conservadores
É oneroso rever valores
Rever conceitos
Sobrescrever preconceitos
Ouvir, argumentar
Discernir, estudar
Pois é um crime dizer "não"
Sem compreender de antemão
quinta-feira, 3 de julho de 2014
Que fase
Foi naquele momento
Que você me falou
E o esquecimento
Me levou
Aquela frase
Que fase
Nem me recordo
Então até concordo
A vida vai passando
Cagando e andando
Indo nesse ritmo
Faz bem para o íntimo
Qual é a sua opinião?
Qual era mesma, a questão?
Minutos parecem dias
Os passos seguem sem guias
E aí?
E aí o quê?
E aí?
E aí o quê?
quinta-feira, 26 de junho de 2014
Peço desculpas
Por ter escondido
Não ter esclarecido
Ter discordado
Sem haver entendido
Ter esnobado
O seu pedido
Ter desencaminhado
O que não estava perdido
Ter desafinado
O som que estava nítido
Não ter esclarecido
Ter discordado
Sem haver entendido
Ter esnobado
O seu pedido
Ter desencaminhado
O que não estava perdido
Ter desafinado
O som que estava nítido
Não quero mais ouvir
Não quero mais ouvir você dizer
Que não é possível
Não quero mais ouvir você dizer
Que não é passível
Não quero mais ouvir você dizer
Que não é capaz
Não quero mais ouvir você dizer
Que nunca mais
Não quero mais ouvir você dizer
Que vai desistir
Não quero mais ouvir você dizer
Que não vai progredir
Não quero mais ouvir você dizer
Que não há esperança
Não quero mais ouvir você dizer
Que não há temperança
Não quero mais ouvir você dizer
Que o show acabou
Não quero mais ouvir você dizer
I should stay, I shouldn't go
Coração arbitrário
É o remetente
E o destinatário:
Mente
Que não é possível
Não quero mais ouvir você dizer
Que não é passível
Não quero mais ouvir você dizer
Que não é capaz
Não quero mais ouvir você dizer
Que nunca mais
Não quero mais ouvir você dizer
Que vai desistir
Não quero mais ouvir você dizer
Que não vai progredir
Não quero mais ouvir você dizer
Que não há esperança
Não quero mais ouvir você dizer
Que não há temperança
Não quero mais ouvir você dizer
Que o show acabou
Não quero mais ouvir você dizer
I should stay, I shouldn't go
Coração arbitrário
É o remetente
E o destinatário:
Mente
Bom
Coração disparado
Espírito descompassado
Angústia sufocante
Estressante
Mais um dia de batalha
Malha judas, judas malha
Uma batalha campal
Do mal contra o mal
Tudo isso para quê?
Para resolver, só a paz
É necessário entender
Para que querer ser mais?
Brigar cansa
Destrutiva é a vingança
Se há sofrimento, não há razão
Eis o xis da questão
Procurar o que há de bom
Absorver o dom
De ser agregador
Através do amor
Espírito descompassado
Angústia sufocante
Estressante
Mais um dia de batalha
Malha judas, judas malha
Uma batalha campal
Do mal contra o mal
Tudo isso para quê?
Para resolver, só a paz
É necessário entender
Para que querer ser mais?
Brigar cansa
Destrutiva é a vingança
Se há sofrimento, não há razão
Eis o xis da questão
Procurar o que há de bom
Absorver o dom
De ser agregador
Através do amor
segunda-feira, 16 de junho de 2014
Perturbação
Perturbação
Quando você diz que sim
E alguém diz que não
Quando você diz que é assim
E alguém contramão
Quando alguém tende
E você não entende
Quando alguém explica
E você não aplica
Quando alguém usa a força
E bota você na forca
Quando alguém ameaça
E a batata assa
Quando embaralham os pensamentos
E aumentam os descontentamentos
Então
Ação
Reação
Perturbação
Quando você diz que sim
E alguém diz que não
Quando você diz que é assim
E alguém contramão
Quando alguém tende
E você não entende
Quando alguém explica
E você não aplica
Quando alguém usa a força
E bota você na forca
Quando alguém ameaça
E a batata assa
Quando embaralham os pensamentos
E aumentam os descontentamentos
Então
Ação
Reação
Perturbação
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Mardita
É dia de festa
E você tomando todas
Alegria é o que te resta
A realidade que se exploda
Sempre que o garçom passa
O que servir você traça
Festa é pra festejar
O negócio é animar
As horas passam, então
O copo grudou na sua mão
Tá bancando o equilibrista
Para não cair na pista
É a mardita da cachaça
Alguém te esbarra sem querer
Oh, meu Deus, fazer o quê
Você perde a razão, ira, alucinação
E começa a confusão
Você começa a xingar
A patroa que quer te afastar
Logo ela que te aguenta
Tá corajoso e agora enfrenta
De repente olha em volta
Ninguém entende tua revolta
Achou que tava sendo macho
Acabou com cara de tacho
É a mardita da cachaça
A cerveja sobre o bolo
Para completar o rolo
Vai pra casa de carona
Mas vomita bem na lona
E no dia seguinte
Acorda ao meio dia e vinte
Olha no espelho, murcho, derrotado
Detonado, humilhado, envergonhado, atropelado
Pela mardita da cachaça
A mardita da cachaça
Ninguém anotou a placa
Do caminhão pipa de cachaça...
E você tomando todas
Alegria é o que te resta
A realidade que se exploda
Sempre que o garçom passa
O que servir você traça
Festa é pra festejar
O negócio é animar
As horas passam, então
O copo grudou na sua mão
Tá bancando o equilibrista
Para não cair na pista
É a mardita da cachaça
Alguém te esbarra sem querer
Oh, meu Deus, fazer o quê
Você perde a razão, ira, alucinação
E começa a confusão
Você começa a xingar
A patroa que quer te afastar
Logo ela que te aguenta
Tá corajoso e agora enfrenta
De repente olha em volta
Ninguém entende tua revolta
Achou que tava sendo macho
Acabou com cara de tacho
É a mardita da cachaça
A cerveja sobre o bolo
Para completar o rolo
Vai pra casa de carona
Mas vomita bem na lona
E no dia seguinte
Acorda ao meio dia e vinte
Olha no espelho, murcho, derrotado
Detonado, humilhado, envergonhado, atropelado
Pela mardita da cachaça
A mardita da cachaça
Ninguém anotou a placa
Do caminhão pipa de cachaça...
Dá um tempo
Nuvem escura
Ferida sem atadura
Cegueira
Perdeu a estribeira
Dá um tempo
Perdeu a calma
Perdeu-se da alma
Levado por vícios
Deixando vestígios
Dá um tempo
Entregue à loucura
Não se entrega à cura
Não consegue acertar
Afogando-se nesse mar
Dá um tempo
Só olha para o chão
Não ergue aos céus a mão
Perdeu o bom senso
Enxugue as lágrimas no lenço
E dá um tempo
Dá um tempo
Dá um tempo
Tempo ao tempo
Ferida sem atadura
Cegueira
Perdeu a estribeira
Dá um tempo
Perdeu a calma
Perdeu-se da alma
Levado por vícios
Deixando vestígios
Dá um tempo
Entregue à loucura
Não se entrega à cura
Não consegue acertar
Afogando-se nesse mar
Dá um tempo
Só olha para o chão
Não ergue aos céus a mão
Perdeu o bom senso
Enxugue as lágrimas no lenço
E dá um tempo
Dá um tempo
Dá um tempo
Tempo ao tempo
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Os dois lados da moeda
É velho ou novo?
Depende do ponto de vista
Novo, novo, novo
Novidades a perder de vista
Sociedade com novos estigmas
Quebrando paradigmas
Buscando a supremacia
Com uma dose de anarquia
Aprendizado, joga fora
Ou deixa para outra hora
Agora, tudo é novo
Quem nasceu antes? A galinha ou o ovo?
Tudo é presente
O passado tem que ser ausente
Será?
Qual é a muda boa, qual é a má?
O melhor, melhor
Saber isso de cor
Esqueça as lições de outrora
Ou vai ficar por fora
Qual é o termo?
Acabou o meio-termo?
Os anos se vão
Aprendizados em vão
Sou bom nisso
Mas não estou atualizado naquilo
Difícil acompanhar
Difícil assimilar
Dois lados da moeda
Que deviam unir-se para evitar queda
Buscar o colaborativo ambiente
E não entender-se como onisciente
Depende do ponto de vista
Novo, novo, novo
Novidades a perder de vista
Sociedade com novos estigmas
Quebrando paradigmas
Buscando a supremacia
Com uma dose de anarquia
Aprendizado, joga fora
Ou deixa para outra hora
Agora, tudo é novo
Quem nasceu antes? A galinha ou o ovo?
Tudo é presente
O passado tem que ser ausente
Será?
Qual é a muda boa, qual é a má?
O melhor, melhor
Saber isso de cor
Esqueça as lições de outrora
Ou vai ficar por fora
Qual é o termo?
Acabou o meio-termo?
Os anos se vão
Aprendizados em vão
Sou bom nisso
Mas não estou atualizado naquilo
Difícil acompanhar
Difícil assimilar
Dois lados da moeda
Que deviam unir-se para evitar queda
Buscar o colaborativo ambiente
E não entender-se como onisciente
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
Verdade
A verdade anda por aí
Mas há aqueles que fogem dela
Para não cair, se sobressair
Aprisionando-a numa cela
E eis que ela escapa
E deixa a cela aberta
O livro sujo está sem capa
Estado de alerta
Pode demorar anos
Com tantos enganos
Mas quando aparece
Desavergonhados fazem prece
Para não se encontrar com ela
Pois ela os procurará
E os encarcerará
Naquela mesma cela
Mas há aqueles que fogem dela
Para não cair, se sobressair
Aprisionando-a numa cela
E eis que ela escapa
E deixa a cela aberta
O livro sujo está sem capa
Estado de alerta
Pode demorar anos
Com tantos enganos
Mas quando aparece
Desavergonhados fazem prece
Para não se encontrar com ela
Pois ela os procurará
E os encarcerará
Naquela mesma cela
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