É dia de festa
E você tomando todas
Alegria é o que te resta
A realidade que se exploda
Sempre que o garçom passa
O que servir você traça
Festa é pra festejar
O negócio é animar
As horas passam, então
O copo grudou na sua mão
Tá bancando o equilibrista
Para não cair na pista
É a mardita da cachaça
Alguém te esbarra sem querer
Oh, meu Deus, fazer o quê
Você perde a razão, ira, alucinação
E começa a confusão
Você começa a xingar
A patroa que quer te afastar
Logo ela que te aguenta
Tá corajoso e agora enfrenta
De repente olha em volta
Ninguém entende tua revolta
Achou que tava sendo macho
Acabou com cara de tacho
É a mardita da cachaça
A cerveja sobre o bolo
Para completar o rolo
Vai pra casa de carona
Mas vomita bem na lona
E no dia seguinte
Acorda ao meio dia e vinte
Olha no espelho, murcho, derrotado
Detonado, humilhado, envergonhado, atropelado
Pela mardita da cachaça
A mardita da cachaça
Ninguém anotou a placa
Do caminhão pipa de cachaça...
O trabalho Reflexões Refletidas de Fabrício Olmo Aride foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada. |
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