Licença Creative Commons O trabalho Reflexões Refletidas de Fabrício Olmo Aride foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Autêntico

Dentro de um modelo
Obedecendo comando
Tendo que fazê-lo
No mesmo passo andando

Caindo em ciladas
Em atividades delegadas
Rezando por uma solução
Que cause aceitação

Imerso no desconhecido
Procurando o sentido
Sem nenhum alento
Lançado ao vento

O conhecimento acumulado
Deve ser bem aplicado
Não adianta pular a fase
Se ainda não há uma base

E chega enfim a maturidade
Aliada à capacidade
É possível também moldar
Se, a algo que gosta, se doar

Aprofundar-se no assunto
Colocar todo aprendizado junto
Fugir do que seja idêntico
Inovar e ser autêntico

Significado

Há situações
Em que recebemos missões
E temos que resolver
Complexidades que ainda precisamos aprender

Fica aquele deserto
A certeza do incerto
Sensação de frustração
Confundindo-se na ação

Ali estamos jogados
Com conhecimentos fragmentados
Se um problema resolvemos
Outras partes do todo comprometemos?

E o preparo para os desafios?
Por que são quebrados os fios?
Por que o porquê está de lado?
Por que, no erro, procura-se um culpado?

O que tem sido feito?
Qual é o resultado?
Causa que efeito?
Qual é o significado?

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Oração

Peço perdão por não procurar uma solução
Quando podia controlar a situação
Pelas vezes que me omiti
E fingi que não vi

Peço perdão pelas oportunidades que perdi
Quando antes de começar, desisti
Pelas vezes que não fiz
Por preguiça de ser feliz

Peço perdão pelas vezes que julguei
E logo após condenei
Pessoas que nunca me fizeram mal
Como se eu fosse um deus imortal

Peço perdão por todo exagero
Por todo destempero
Pelas vezes que caí em desmando
E acabei desandando

Peço perdão pelas vezes que ofendi
Pelas vezes que excluí
Que depreciei alguém
E não enxerguei além

Peço perdão pelas vezes que olhei para dentro
E não olhei para o lado
Que me coloquei no centro
E não aceitei que estava errado

Peço perdão por absurdos que pensei
Por absurdos que falei
Por agir com incoerência
E poluir minha consciência

Peço perdão pela inveja que senti
Nas vezes que não me reconheci
Que abalei minha dignidade
Junto com minha identidade

Peço perdão por quando me desviei da verdade
E distorci a realidade
Confundindo o caminho certo
Com o caminho esperto

Peço perdão por deixar o medo me derrubar
Em momentos que era possível tentar
Pois as dificuldades superestimei
E, por fim, me subestimei

Peço perdão por erros que repetirei
E por outros que cometerei
Mas me dê amor para prosseguir
Me autoconhecer e evoluir

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Conclusão

É importante a solidão
Se é necessário refletir
Pensar sobre cada ação
E o conceito de evoluir

A cabeça fica confusa
Por não saber a consequência
Cada ideia difusa
Cada conflito de consciência

Será que praticamos os dons?
Será que somos bons?
Será que descobrimos nossos talentos?
Será que estamos atentos?

A mudança nos experimenta
Até onde a capacidade sustenta
Como encaramos fragilidades?
Quais são nossas reais necessidades?

A acertada conclusão
É não confundir sonho com ilusão
Fugir do vício de se esconder
E ousar mais que se defender

Pois cada não que dizemos
Muitas vezes é para nós mesmos
Deixando o sonho passar lentamente
Por medo de dar um passo à frente

Obra

Do solo sair
Voar
O tesouro perseguir
Escavar

Sair do padrão
Sair da prisão
Procurar o atalho
A carta certa do baralho

Pensar com arte
Que de ideias se farte
Para ter a mesa posta
E escolher o que gosta

Após lutar pelo que deseja
A suada conquista festeja
E antes de desanimar
Outro sonho irá buscar

São os constantes ciclos
De quem não anda em círculos
De quem quer (se) transformar
E sua obra perpetuar

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Termos

Campo extenso
Ou campo pequeno
Clima intenso
Ou clima ameno

Peso em grama
Ou peso em quilo
Em um drama
Ou tranquilo

Momento de paz
Ou momento turbulento
Ritmo voraz
Ou ritmo lento

Amável
Ou intragável
Inteligente
Ou incoerente

Acompanhado
Ou isolado
Presente
Ou ausente

Meios termos
Termos completos
Infinitos termos
Nem sempre seletos

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Autoflagelos

Sequência de eventos
Falta de intentos
Alegria deixada em um canto
Perda de encanto

Medo de agir
Deixar-se coagir
Tudo passa a deformar
Não sabe (se) amar

Com tudo certo
Sente-se perdido
Com tudo perto
Sente-se impedido

A vida mata a cada segundo
O fim é a fé do moribundo
Sentenciou a própria pena
E quem sentirá pena?

Nada mais o deixa extasiado
O olhar está anestesiado
Perdeu o senso criativo
E não procura mais motivo

Sonhos que não se realizam
Autoflagelos que agonizam
E de repente a prostração
Ergueu a própria prisão

Onde está a magnitude?
Toda força e atitude?
Para que parar?
E desistir de (se) encontrar?

Justiça

Hora de malhar o judas
Vozes acusando, vozes mudas
É necessário culpar alguém
Se algo não vai bem

E como lidar?
O que fazer para (se) ajudar?
Como entender o porquê?
Será que aquilo é só o que se vê?

Perde-se a chance de se defender
Por medo de se perder
Por medo de discutir o que atrapalha
Enfim, aceita-se a culpa pela falha

Como transformar sem traumatizar?
Onde se quer chegar, está em seu devido lugar?
Ou, então, como voltar tudo ao que era?
E amansar a fera?

Corre-se na busca de sentido
E argumentar parece proibido
Mantendo calada a mente escravizada
É difícil encontrar saída após a entrada

E então, o que é justiça?
Talvez seja o antônimo de preguiça
Preguiça de encontrar um bem comum
É mais fácil jogar a carga nas costas de um