E aí mano, beleza?
Vamos falar sobre errar?
Errar é falta de esperteza
Somos pouco espertos, com certeza
Xi, mano, fazemos merda
Escolhemos merda
Depois seguimos insatisfeitos
Viva nós, os eleitos!
Verdade, vida
Realidade entorpecida
Valoriza-se a palavra amor
O que se vê é clamor
Em todos os frenéticos dias
Manhãs e tardes quentes, noites frias
É necessário ser o dono da razão oca
Fragmentos torpes saem da boca
É, mano, falamos merda
Então pensei e escrevi esta merda
Sobre o efêmero e o perecível
O patético e o desprezível
O trabalho Reflexões Refletidas de Fabrício Olmo Aride foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada. |
domingo, 26 de outubro de 2014
Vontade
Tenho vontade de andar por aí
Sem saber onde ir
Se me perder, perguntar
Sem saber ao certo onde chegar
Tenho vontade de planar
Sobre a superfície olhar
Procurar, entender
Ver, escolher no que crer
Tenho vontade de escalar
Encontrar um bom lugar
Comprovar o que imagino
E transformar num hino
Se sou errado
Carrego o fardo
Contraditório dia a dia
Pessimismo, utopia
Perto ou longe do fim
Não sei o que será de mim
Só me resta curtir
Sem pirar no porvir
Sem saber onde ir
Se me perder, perguntar
Sem saber ao certo onde chegar
Tenho vontade de planar
Sobre a superfície olhar
Procurar, entender
Ver, escolher no que crer
Tenho vontade de escalar
Encontrar um bom lugar
Comprovar o que imagino
E transformar num hino
Se sou errado
Carrego o fardo
Contraditório dia a dia
Pessimismo, utopia
Perto ou longe do fim
Não sei o que será de mim
Só me resta curtir
Sem pirar no porvir
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Enquanto
Se a conversa cruza as diagonais
E não estou em nenhuma delas
Se as realidades são desiguais
Casas, edifícios, favelas
Se a vida é tensa para todo mundo
Se mais feliz é quem não tem muito
Se parece que instrução é desilusão
Que ser feliz é não ter questão
Então me questiono sobre o que é ser são
E não meter os pés pelas mãos
E se estamos na era da aceitação
Aceitamos docilmente a corrupção
O melhor é o que convém ao ego
Para aos arredores, é melhor ser cego
E eis que recebemos o soco na boca do estômago
Na boca do âmago
E assim seguimos
Em meio a nossos achismos
Em busca de mais ou menos, menos ou mais
Enquanto não descansamos em paz
E não estou em nenhuma delas
Se as realidades são desiguais
Casas, edifícios, favelas
Se a vida é tensa para todo mundo
Se mais feliz é quem não tem muito
Se parece que instrução é desilusão
Que ser feliz é não ter questão
Então me questiono sobre o que é ser são
E não meter os pés pelas mãos
E se estamos na era da aceitação
Aceitamos docilmente a corrupção
O melhor é o que convém ao ego
Para aos arredores, é melhor ser cego
E eis que recebemos o soco na boca do estômago
Na boca do âmago
E assim seguimos
Em meio a nossos achismos
Em busca de mais ou menos, menos ou mais
Enquanto não descansamos em paz
Verdarte
Quero dizer que o que vale é a bondade
Que é boa a simplicidade
Que a verdade é reta
Que a felicidade é concreta
Quero dizer que procuro melhorar
Mas estou aprendendo a cagar e andar
Que ninguém é autossuficiente
E, muito menos, coerente
Quero dizer que não sei o que estou dizendo
Não sei sequer o que estou fazendo
Mas estou sobrevivendo
Estou vivendo!
Quero dizer que somos masoquistas
Por ligarmos satisfação a conquistas
Conquista de bens
És o que tens?
Quero dizer que é bom ter controle
Mas, melhor ainda, é o tempero do descontrole
Que amor rima com cor
E cor rima com flor
Cores
Valores
Arte
Verdarte
Que é boa a simplicidade
Que a verdade é reta
Que a felicidade é concreta
Quero dizer que procuro melhorar
Mas estou aprendendo a cagar e andar
Que ninguém é autossuficiente
E, muito menos, coerente
Quero dizer que não sei o que estou dizendo
Não sei sequer o que estou fazendo
Mas estou sobrevivendo
Estou vivendo!
Quero dizer que somos masoquistas
Por ligarmos satisfação a conquistas
Conquista de bens
És o que tens?
Quero dizer que é bom ter controle
Mas, melhor ainda, é o tempero do descontrole
Que amor rima com cor
E cor rima com flor
Cores
Valores
Arte
Verdarte
sábado, 18 de outubro de 2014
Fernandinho
Bonita camisa, Fernandinho!
Que "istressis", Fernandinho!
É, Fernandinho...
Caíste no padrão do caminho
Acordando sempre cedo
Trabalhando fervorosamente
Dedicado, mas com medo
Que a chapa esquente
Mas você não conta para ninguém
Os outros têm que te ver como alguém
Se perde o emprego, está "em transição de carreira"
Mantém sempre as boas maneiras
Fernandinho, seja sorridente e feliz
O dono do seu nariz
Inteligente e autossuficiente
Em uma sociedade frágil e prepotente
Relativize a ética
Sinta que tudo pode
Mostre-se uma persona épica
Que nunca se fode
Isso aí, Fernandinho
Isso aí, outro Fernandinho
Bonita camisa
Estrela da fama onde pisa
Que "istressis", Fernandinho!
É, Fernandinho...
Caíste no padrão do caminho
Acordando sempre cedo
Trabalhando fervorosamente
Dedicado, mas com medo
Que a chapa esquente
Mas você não conta para ninguém
Os outros têm que te ver como alguém
Se perde o emprego, está "em transição de carreira"
Mantém sempre as boas maneiras
Fernandinho, seja sorridente e feliz
O dono do seu nariz
Inteligente e autossuficiente
Em uma sociedade frágil e prepotente
Relativize a ética
Sinta que tudo pode
Mostre-se uma persona épica
Que nunca se fode
Isso aí, Fernandinho
Isso aí, outro Fernandinho
Bonita camisa
Estrela da fama onde pisa
Vou
Vou andando
Vou nadando
Vou voando
Não sei até quando
Em busca de não sei o quê
Se estou vivo, este é o porquê
Catarse e estranhamento
Flores e cimento
É assim
Saio de mim
Viajo pelos planetas
No clichê das caudas dos cometas
Sou sério
Mas também saio do sério
Me agrada a caminhada
Em busca de "nada"
É só reflexão
Após madura, se torna ação
Só quero curtir a minha viagem
Da descoberta à garimpagem
Vou nadando
Vou voando
Não sei até quando
Em busca de não sei o quê
Se estou vivo, este é o porquê
Catarse e estranhamento
Flores e cimento
É assim
Saio de mim
Viajo pelos planetas
No clichê das caudas dos cometas
Sou sério
Mas também saio do sério
Me agrada a caminhada
Em busca de "nada"
É só reflexão
Após madura, se torna ação
Só quero curtir a minha viagem
Da descoberta à garimpagem
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
Que saudades!
Sou tranquilo
Curto minha vibe sozinho
Ou com quem queira fazer parte
Transformando o papo em arte
Sou tranquilo
Como um grilo
Gosto menos de falar, mais de ouvir
De voltar, de ir
Não tenho ideia fixa
Não gosto de ideia prolixa
Gosto da simplicidade
Não difiro idade
Gosto de solução
Sem soluço, eis a questão
Vejo seres humanos cegos
Em uma guerra de egos
Estou aí
Até hoje não caí
Procuro a parada certa
A verdade é reta
Não me importo com grandeza
Não me importo com riqueza
Mas quero ver a coisa andar
E chegar ao desejado patamar
E quero isso o mais rápido possível
Enquanto outros querem tornar impossível
Consciente ou inconsciente
Presente, porém ausente
Eu quero fazer
Eu quero acontecer
No amanhecer, entardecer, anoitecer
Para que as coisas realmente possam ser
Sou o conhecimento, a verdade e a vida
Sou a cura de qualquer ferida
Sou o amor para ti e para os teus
Sou Deus
Que saudades de ti, Deus!
Curto minha vibe sozinho
Ou com quem queira fazer parte
Transformando o papo em arte
Sou tranquilo
Como um grilo
Gosto menos de falar, mais de ouvir
De voltar, de ir
Não tenho ideia fixa
Não gosto de ideia prolixa
Gosto da simplicidade
Não difiro idade
Gosto de solução
Sem soluço, eis a questão
Vejo seres humanos cegos
Em uma guerra de egos
Estou aí
Até hoje não caí
Procuro a parada certa
A verdade é reta
Não me importo com grandeza
Não me importo com riqueza
Mas quero ver a coisa andar
E chegar ao desejado patamar
E quero isso o mais rápido possível
Enquanto outros querem tornar impossível
Consciente ou inconsciente
Presente, porém ausente
Eu quero fazer
Eu quero acontecer
No amanhecer, entardecer, anoitecer
Para que as coisas realmente possam ser
Sou o conhecimento, a verdade e a vida
Sou a cura de qualquer ferida
Sou o amor para ti e para os teus
Sou Deus
Que saudades de ti, Deus!
Você que me faz tão mal
Cansei de você
Que me faz tão mal
Sinto-me um burro e o porquê
Você é perda de tempo total
Franzo minha testa em sofrimento
Fumaça fora, fumaça dentro
Sinto-me enfraquecido
Burro enlouquecido
Deixe-me em paz
Quero respirar levemente
Tenho que ser capaz
Tenho coração e mente
Se quero ser feliz
E ser dono do meu nariz
Preciso lhe deixar
Para você não me matar
Chega de recaída
Preciso sair dessa vida
Fica aqui meu inconformismo
Contra o sadotabagismo
Que me faz tão mal
Sinto-me um burro e o porquê
Você é perda de tempo total
Franzo minha testa em sofrimento
Fumaça fora, fumaça dentro
Sinto-me enfraquecido
Burro enlouquecido
Deixe-me em paz
Quero respirar levemente
Tenho que ser capaz
Tenho coração e mente
Se quero ser feliz
E ser dono do meu nariz
Preciso lhe deixar
Para você não me matar
Chega de recaída
Preciso sair dessa vida
Fica aqui meu inconformismo
Contra o sadotabagismo
Mirabola
Mirabola questões
Situações
Complexidades teóricas
De práticas utópicas
Mirabola a megalomania
Que mania!
O simples tem que ser complicado
E magicamente aplicado
Mirabola a utilidade
A flexibilidade
Em um futuro distante
De um presente minguante
Mirabola a grande invenção
A perfeição
Conexão entre infinitos pontos
Caminham sobre o mar, os tontos
Mirabola
Não descola, não decola
Mirabola sem parar
E não sai do lugar
Situações
Complexidades teóricas
De práticas utópicas
Mirabola a megalomania
Que mania!
O simples tem que ser complicado
E magicamente aplicado
Mirabola a utilidade
A flexibilidade
Em um futuro distante
De um presente minguante
Mirabola a grande invenção
A perfeição
Conexão entre infinitos pontos
Caminham sobre o mar, os tontos
Mirabola
Não descola, não decola
Mirabola sem parar
E não sai do lugar
sábado, 11 de outubro de 2014
O bom malandro
O bom malandro
Reconhece o meandro
Procura o ponto certo
Caminha ereto
Pensa antes de fazer
Prefere ver e crer
Busca integração
Mede mente e coração
Foge da inimizade
Ama o amor e a paz
Acredita na felicidade
Sente-se capaz
Cumpre com as responsabilidades
Vê paisagem nas tempestades
Procura ser o melhor que pode
Quando o desânimo ameaça, se sacode
O bom malandro
Pode ser vermelho, amarelo, preto, branco
Bossa nova, sambista, funkeiro, regueiro
Do blues, do clássico, rockeiro
Andar só de bermuda
Ou usar óculos de lente funda
Ser uma pessoa mais parada
Ou mais agitada
O bom malandro se conhece
Escolhe o sentido que lhe apetece
Entende o sacrifício da lida
E segue os bons caminhos da vida
Reconhece o meandro
Procura o ponto certo
Caminha ereto
Pensa antes de fazer
Prefere ver e crer
Busca integração
Mede mente e coração
Foge da inimizade
Ama o amor e a paz
Acredita na felicidade
Sente-se capaz
Cumpre com as responsabilidades
Vê paisagem nas tempestades
Procura ser o melhor que pode
Quando o desânimo ameaça, se sacode
O bom malandro
Pode ser vermelho, amarelo, preto, branco
Bossa nova, sambista, funkeiro, regueiro
Do blues, do clássico, rockeiro
Andar só de bermuda
Ou usar óculos de lente funda
Ser uma pessoa mais parada
Ou mais agitada
O bom malandro se conhece
Escolhe o sentido que lhe apetece
Entende o sacrifício da lida
E segue os bons caminhos da vida
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Vai...
Chega perto não
Estou na sua contramão
Não concordo contigo
Olhe para o seu umbigo
Escute o que sai da sua boca
Você devia ser mudo
Você parece uma criatura louca
Perdida no mundo
Sai de perto
Meu papo é reto
Não é porque a situação mudou
Que deixarei de ser quem sou
Se enxerga, moleque
Quem sente a brisa não precisa de leque
Fica aí na sua piração
Repito, estou na sua contramão
Você diz que sua ética é diferente
Como se bondade fosse algo incoerente
Perdi tempo refletindo sobre você
Vai se foder
Estou na sua contramão
Não concordo contigo
Olhe para o seu umbigo
Escute o que sai da sua boca
Você devia ser mudo
Você parece uma criatura louca
Perdida no mundo
Sai de perto
Meu papo é reto
Não é porque a situação mudou
Que deixarei de ser quem sou
Se enxerga, moleque
Quem sente a brisa não precisa de leque
Fica aí na sua piração
Repito, estou na sua contramão
Você diz que sua ética é diferente
Como se bondade fosse algo incoerente
Perdi tempo refletindo sobre você
Vai se foder
Fique aí
Se ficou caro
Raro
Complicado
Revirado
Se ficou complexo
Côncavo ou convexo
Prolixo
Sem saber o ponto fixo
Se ficou maluco
Enquanto canta o cuco
Se o tempo vai
E a verdade atual esvai
Se o que era
Não é mais
Se acabou uma era
E eis o dilema do ser capaz
Se, se, se, se
Se você diz isso por você
Se fazer mal ao outro é o seu lazer
Então fique aí no seu não ser
Raro
Complicado
Revirado
Se ficou complexo
Côncavo ou convexo
Prolixo
Sem saber o ponto fixo
Se ficou maluco
Enquanto canta o cuco
Se o tempo vai
E a verdade atual esvai
Se o que era
Não é mais
Se acabou uma era
E eis o dilema do ser capaz
Se, se, se, se
Se você diz isso por você
Se fazer mal ao outro é o seu lazer
Então fique aí no seu não ser
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