Eu cego meu caminho
Sou um estranho no ninho
Não afirmo, nem nego
E assim cego
Eu cego meu caminho
Entre a flor e o espinho
Refém das mudanças
Mais velozes que lanças
Eu cego o meu caminho
Apraz ou mesquinho
No centro ou de canto
Se danço, canto
Eu cego meu caminho
Escrevendo em pergaminho
Entre ondas nebulosas
E paisagens formosas
Eu cego meu caminho
Pelo pão, pelo vinho
Eu cego
Não nego
O trabalho Reflexões Refletidas de Fabrício Olmo Aride foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada. |
sábado, 23 de agosto de 2014
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Legal, cara
Ver pessoas de bem
Se dando bem
Ver o esforço empregado
Bem recompensado
Que num momento de desilusão
Surja uma alegria
Que num momento de incompreensão
Surja uma empatia
Que o meio termo vingue
Que querer vingança não vingue
Que a dor e a raiva fiquem para trás
Que as coisas boas matem as coisas más
Quando a respiração é profunda
Quando uma boa ideia é fecunda
Quando o que fere, sara
Legal, cara
Se dando bem
Ver o esforço empregado
Bem recompensado
Que num momento de desilusão
Surja uma alegria
Que num momento de incompreensão
Surja uma empatia
Que o meio termo vingue
Que querer vingança não vingue
Que a dor e a raiva fiquem para trás
Que as coisas boas matem as coisas más
Quando a respiração é profunda
Quando uma boa ideia é fecunda
Quando o que fere, sara
Legal, cara
domingo, 17 de agosto de 2014
Essa é a lei
Hoje já não sei
Essa é a lei
Conceitos quebrados
Emancipados
Controle, não há
Ondas revoltas no mar
Em busca de sentido
O desconstruído, o reconstruído
Deixando seguir
Buscando algo emergir
Dentro da imersão
Da questão
Fatos se encontram
Fatos se desencontram
Fatos levam a choques
Explosão de enfoques
Verdades milenares
Com quedas de pilares
Verdades que se desfazem
E tanto vazio trazem
Preciso?
Publicidade
Falsidade
Exoneração
Corrupção
Pilantragem
Maquiagem
Estelionato
Assassinato
Inflação
Perturbação
Crédito
Descrédito
Roleta russa
Situação tá russa
Promessas
Realidades perversas
Sabotagem
Camuflagem
Conchavos
De sei lá quantos avos
À espera das figuras míticas
Que unirão amor e poder
Por que fujo das políticas?
Preciso responder?
Falsidade
Exoneração
Corrupção
Pilantragem
Maquiagem
Estelionato
Assassinato
Inflação
Perturbação
Crédito
Descrédito
Roleta russa
Situação tá russa
Promessas
Realidades perversas
Sabotagem
Camuflagem
Conchavos
De sei lá quantos avos
À espera das figuras míticas
Que unirão amor e poder
Por que fujo das políticas?
Preciso responder?
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
É hora
Quando não é levado a sério
Quando quer dizer um impropério
Quando se sente de lado
Quando quer ficar no seu quadrado
É hora
Quando não se sente bem recebido
Quando nota um mal preconcebido
Quando não quer ficar deitado
Quando se sente amarrado
É hora
Quando acha descabido
Quando acaba a libido
Quando invade a inanição
Quando abusiva é a pressão
É hora
Quando o que ouve é concordância
E o que vê é discordância
Quando não é necessário morrer
Para que possa renascer
É hora
É hora
De cair fora
Quando quer dizer um impropério
Quando se sente de lado
Quando quer ficar no seu quadrado
É hora
Quando não se sente bem recebido
Quando nota um mal preconcebido
Quando não quer ficar deitado
Quando se sente amarrado
É hora
Quando acha descabido
Quando acaba a libido
Quando invade a inanição
Quando abusiva é a pressão
É hora
Quando o que ouve é concordância
E o que vê é discordância
Quando não é necessário morrer
Para que possa renascer
É hora
É hora
De cair fora
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Cegueira
Muitas e muitas vezes
Pessoas são tomadas por cegueiras
A solução é óbvia, há anos e meses
Mas a sensatez perde as estribeiras
Solução bem na frente
Rente
Bem na cara
Descara
Mas não vê
Não pensa
Não crê
E faz a sentença
Podendo ter uma solução interna, clara e imediata
Prefere uma solução externa, obscura e inexata
Lembrando aquela filosofia do descaminho
Grama mais verde é a do vizinho
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
O que são os pesadelos?
Já sonhei que caía de um prédio
Acordei com um susto, seguido de tédio
Já sonhei que estava numa caverna com bichos peçonhentos
Acordei com péssimos (pre)sentimentos
Já sonhei que, em acidente automobilístico, morri
Vi-me atropelado, esmagado, aqui e ali
Já sonhei que vagava numa praia totalmente escurecida
E acordei pensando no sentido da vida
Com loucuras vindas não sei de onde
Já sonhei que um morcego me levou pela gola ao horizonte
Em meio às nuvens me largou
Acordei me perguntando o que sou
Já sonhei que fui atacado por um cão feroz
E acordei pensando como a vida é atroz
Notei-me como algo perecível
Que pode ser engolido da forma mais terrível
Já tive a visão de minha mãe vestida a espanhola
Estilo flamenco, com direito a castanhola
Era criança e acordei em desespero
Nunca compreendi tamanho exagero
Já sonhei que após ter mergulhado
Em alguma piscina de algum lugar
Deparei-me com um teto envidraçado
E acordei tentando respirar
Já acordei gritando aterrorizado
Cercado do silêncio a todo lado
Tive muitos pesadelos
E continuo, por vezes, a tê-los
Alguns veem pesadelos como premonição, coisa boa, ou algo sem noção
Eu vejo como lição
Real e surreal
Luta entre o bem e o mal
Já sonhei com meus falecimentos diversos
Estou vivo para escrever estes versos
Nunca, dos pesadelos, desdenho
Com palavras, os desenho
Questões de criança, adolescente, adulto
Do que me perdoo, do que me culpo
Pressões de mundo, país, cidade, sociedade, trabalho, amigos, inimigos, família
Sentimento de ilha
Cercada, amada
Vigiada, atacada
Que reage por natureza
Mesmo devastada, com beleza
Não tenho vergonha do que escrevo
Coloco minha alma em alto relevo
E lutando para sanar cada cicatriz
Ainda encontro tempo para ser feliz
Acordei com um susto, seguido de tédio
Já sonhei que estava numa caverna com bichos peçonhentos
Acordei com péssimos (pre)sentimentos
Já sonhei que, em acidente automobilístico, morri
Vi-me atropelado, esmagado, aqui e ali
Já sonhei que vagava numa praia totalmente escurecida
E acordei pensando no sentido da vida
Com loucuras vindas não sei de onde
Já sonhei que um morcego me levou pela gola ao horizonte
Em meio às nuvens me largou
Acordei me perguntando o que sou
Já sonhei que fui atacado por um cão feroz
E acordei pensando como a vida é atroz
Notei-me como algo perecível
Que pode ser engolido da forma mais terrível
Já tive a visão de minha mãe vestida a espanhola
Estilo flamenco, com direito a castanhola
Era criança e acordei em desespero
Nunca compreendi tamanho exagero
Já sonhei que após ter mergulhado
Em alguma piscina de algum lugar
Deparei-me com um teto envidraçado
E acordei tentando respirar
Já acordei gritando aterrorizado
Cercado do silêncio a todo lado
Tive muitos pesadelos
E continuo, por vezes, a tê-los
Alguns veem pesadelos como premonição, coisa boa, ou algo sem noção
Eu vejo como lição
Real e surreal
Luta entre o bem e o mal
Já sonhei com meus falecimentos diversos
Estou vivo para escrever estes versos
Nunca, dos pesadelos, desdenho
Com palavras, os desenho
Questões de criança, adolescente, adulto
Do que me perdoo, do que me culpo
Pressões de mundo, país, cidade, sociedade, trabalho, amigos, inimigos, família
Sentimento de ilha
Cercada, amada
Vigiada, atacada
Que reage por natureza
Mesmo devastada, com beleza
Não tenho vergonha do que escrevo
Coloco minha alma em alto relevo
E lutando para sanar cada cicatriz
Ainda encontro tempo para ser feliz
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
Nadim, meu pai, setenta anos
Cê tenta fazer
E faz por prazer
Não foge da lida
Valoriza a vida
Não foge da lida
Valoriza a vida
Cê tenta recuperar
Há tempos recuperou
Recuperou o seu lugar
Recuperou o seu lugar
Levantou, voou
Quem nasceu para ser águia
Não acaba em água
Cê tenta e está aí, firme e forte
Seja no sul, seja no norte
Fazendo o melhor que pode
Sem que obstáculos o pode
Cê tenta e consegue
Cê tenta e se ergue
Nesta data, com amigos e a família
Você é a ilha
Cercada do amor, do bem
Setenta, Oitenta, Noventa, Cem
Fausto Fanti
E quando o humor perde a graça
Encontrando-se com a desgraça?
Fausto Fanti nos deixou
A morte o levou
Não consigo entender
Alguém que nos fazia rir
Agora nos faz surpreender
Deixou-se ir
Quais seriam os motivos?
Sobre isso, não há registros
De repente, a notícia chegou
E nos consternou
Nunca fui de rir
De programas de comédia
Mas me dobrava de rir, até cair
Daquela "toscomédia"
Hermes e Renato
Riso nato
Piada com a vida
Ficou uma ferida
Foi só ver para crer
Melhor humor da história da TV
Precisamos de vocês
Tentem outra vez
Encontrando-se com a desgraça?
Fausto Fanti nos deixou
A morte o levou
Não consigo entender
Alguém que nos fazia rir
Agora nos faz surpreender
Deixou-se ir
Quais seriam os motivos?
Sobre isso, não há registros
De repente, a notícia chegou
E nos consternou
Nunca fui de rir
De programas de comédia
Mas me dobrava de rir, até cair
Daquela "toscomédia"
Hermes e Renato
Riso nato
Piada com a vida
Ficou uma ferida
Foi só ver para crer
Melhor humor da história da TV
Precisamos de vocês
Tentem outra vez
Assinar:
Postagens (Atom)