Licença Creative Commons O trabalho Reflexões Refletidas de Fabrício Olmo Aride foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.

quarta-feira, 18 de dezembro de 1996

Hã?

Ao nascer do pôr do sol
Numa tarde anoitecida
Eu cheguei à conclusão
De que o tudo não é nada

Porque você não é mais você
Estou querendo ver para crer
Porque o por que já não tem pois
E o antes já não tem depois

Ao morrer da escuridão
Numa noite amanhecida
Eu cheguei à conclusão
Que nada é tudo que eu tenho

Se não tenho, não retenho
Não sei se vou ou se venho
Me sentindo assim perdido
O que contém, o que está contido?

sexta-feira, 12 de abril de 1996

Maligna Ação

Guerra insana
O que você quer
Detonar
O que na frente vier

E esse sangue
Escorre por quê
É nosso degredo
Queremos viver

Guerra insana
Tente explicar
Por que nos persegue
E quer nos mutilar

É por terra
Por religião
Ou será por dinheiro
Não existe a razão

Destruição, degredação
Destruição, degradação
Destruição em expansão
Destruição, maligna ação

quarta-feira, 17 de janeiro de 1996

Sai Dessa

Sai dessa vida meu velho,
ajoelhar acaba deitado.
Se pisar em mais gente
acabará sendo pisado.

Conseqüências de uma vida,
a tua vai ser massacrada.
Não ponha a cara pra bater,
pois você vai levar porrada.

Abra os olhos meu irmão,
tua vida vai chegar.
Sinta o gosto em sua boca
desse sangue amargo.

Abra os olhos meu irmão,
tudo vai acontecer.
Quero ver se vai ter sorte,
eu vou pagar pra ver.

Sai dessa vida, meu velho,
pra você não ser condenado.
Pois quem nada na lama
acaba sempre afundado.

Você diz que não sabe
como é ser humilhado.
Mas humilha as pessoas
pra sentir-se consagrado.

Abra os olhos meu irmão,
tua vida vai chegar.
Sinta o gosto em sua boca
desse sangue amargo.

Abra os olhos meu irmão,
tudo vai acontecer.
Quero ver se vai ter sorte,
eu vou pagar pra ver.