Na madrugada
Com a casa iluminada
A vizinhança recolhida
Boa hora escolhida
Para pensar sem pressa
Sobre cada conversa
Sobre cada situação
Para adequar a visão
Movimentos frenéticos semanais
Que tentam nos impedir
De analisar os sinais
Desde a chegada até o partir
Saturação do olhar
Pedindo a Deus para guiar
Em terras tão conhecidas
Mas com profundas feridas
O silêncio é a sapiência
Infalível ciência
Deixando outros falarem
E autossabotarem
Quando fala
Autossabota
E quando se cala
A cabeça lota
Isso está indo longe demais
Desentendimentos gerais
Ecos neste meio
Sumindo o esteio
Chega de conversa
Tanta controvérsia
Contaminando a todos
Formando lodos
Isso só levará ao fim
Um fim com ruim memória
Se as coisas continuarem assim
Será sem final feliz esta história
O trabalho Reflexões Refletidas de Fabrício Olmo Aride foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada. |
domingo, 29 de julho de 2012
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Vento
Vento que bate forte
Cabelos que perdem a forma
Pessoas procurando o norte
Não querendo fugir à norma
Olhos semiabertos
Protegendo-se dos detritos
Temores secretos
Pensamentos aflitos
Roupas que flamulam
Testas que franzem
Rostos que formulam
Um futuro que não tangem
Um passo de cada vez
Em meio à ventania
Nas calçadas que talvez
Sejam cenários de agonia
Com algo urgente a fazer
Tendo alguém a obedecer
Seguindo o modelo hierárquico
Pensamento anárquico
Vontade de soprar o vento
Para que leve todo excremento
De uma mentalidade totalitária
De uma regra arbitrária
Sair deste chão
Voar como avião
Desfazendo as amarras
Decepando estas garras
Vento que bate contra
E que sempre nos encontra
Hoje quero jogar-te para longe
E viver como um monge
Cabelos que perdem a forma
Pessoas procurando o norte
Não querendo fugir à norma
Olhos semiabertos
Protegendo-se dos detritos
Temores secretos
Pensamentos aflitos
Roupas que flamulam
Testas que franzem
Rostos que formulam
Um futuro que não tangem
Um passo de cada vez
Em meio à ventania
Nas calçadas que talvez
Sejam cenários de agonia
Com algo urgente a fazer
Tendo alguém a obedecer
Seguindo o modelo hierárquico
Pensamento anárquico
Vontade de soprar o vento
Para que leve todo excremento
De uma mentalidade totalitária
De uma regra arbitrária
Sair deste chão
Voar como avião
Desfazendo as amarras
Decepando estas garras
Vento que bate contra
E que sempre nos encontra
Hoje quero jogar-te para longe
E viver como um monge
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Fera
Após outro fim, a ressurreição
Uma nova lição
Descartada outrora
Ressuscitou em boa hora
Lapso momentâneo
Eclodir instantâneo
De repente tudo se junta
Desenferruja a junta
Aquele lapso de inspiração
Que torna obrigação
Analisar o mesmo de forma diferente
O diferente não pode ser ausente
Quando faltou coragem
Transformou ouro em lavagem
E quando puseram as cartas na mesa
O que sobrou foi tristeza
Pelo medo de fazer
Pelo medo de agir
Pelo raio de lazer
Que só fez retroagir
Esperou
Acreditou que o mundo esperava
Postergou
E furaram o ego que inflava
Eis que voltando à lição
A vida trouxe mais um não
Qual é o próximo plano?
Deixará para o próximo ano?
O tempo é uma matemática
Que destrói qualquer tática
Não posta em prática no tempo
Por se refugiar no contratempo
Morreu em mais uma guerra
Ressuscitou, mas o tempo serra
Cada era é uma atroz fera
Se não enfrentar, já era
Uma nova lição
Descartada outrora
Ressuscitou em boa hora
Lapso momentâneo
Eclodir instantâneo
De repente tudo se junta
Desenferruja a junta
Aquele lapso de inspiração
Que torna obrigação
Analisar o mesmo de forma diferente
O diferente não pode ser ausente
Quando faltou coragem
Transformou ouro em lavagem
E quando puseram as cartas na mesa
O que sobrou foi tristeza
Pelo medo de fazer
Pelo medo de agir
Pelo raio de lazer
Que só fez retroagir
Esperou
Acreditou que o mundo esperava
Postergou
E furaram o ego que inflava
Eis que voltando à lição
A vida trouxe mais um não
Qual é o próximo plano?
Deixará para o próximo ano?
O tempo é uma matemática
Que destrói qualquer tática
Não posta em prática no tempo
Por se refugiar no contratempo
Morreu em mais uma guerra
Ressuscitou, mas o tempo serra
Cada era é uma atroz fera
Se não enfrentar, já era
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Achou?
O que você achou?
Achado não é roubado?
O que você acha?
Você se acha?
Se acha o quê?
Você se achou?
Eu não me achei
Eu não me acho
Estou me procurando
Você está se procurando
Não me procure
Procuro, não curo
Nada ou tudo?
Qual é a diferença?
Se nada ou tudo
Acabam no vazio?
E este vazio?
Jogou para a divindade?
Divina comédia
Estamos nela
Quem sabe um dia
Quem sabe uma noite
Tudo acabe
Tudo recomece
E aí, achou?
Continue procurando
Encontrará aos poucos
Pode ser que encontre muito
Mas achará pouco
Pois acha que merece mais
Esquece que neste mundo louco
Somos reles mortais
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Limite
Limite do conhecimento
Limite do caminho
Limite do intento
Limite do espinho
Limite da sanidade
Limite da cidade
Limite da consagração
Limite da ação
Limite da vitória
Limite da glória
Limite da espera
Limite da esfera
Limite do calor
Limite do frio
Limite do clamor
Limite do rio
Limite do organismo
Limite do abismo
Limite do aperto
Limite do acerto
Limite a transgredir
Limite a regredir
Limite da lida
Limite da vida
Limite para se iludir
Limite para decidir
Entre cruzes e espadas
Dúvidas ilimitadas
Limite do caminho
Limite do intento
Limite do espinho
Limite da sanidade
Limite da cidade
Limite da consagração
Limite da ação
Limite da vitória
Limite da glória
Limite da espera
Limite da esfera
Limite do calor
Limite do frio
Limite do clamor
Limite do rio
Limite do organismo
Limite do abismo
Limite do aperto
Limite do acerto
Limite a transgredir
Limite a regredir
Limite da lida
Limite da vida
Limite para se iludir
Limite para decidir
Entre cruzes e espadas
Dúvidas ilimitadas
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Mentalidade Escrava
Tempo nada ameno
Efeito do baralho
O dia fica pequeno
Difícil encontrar atalho
Muito a produzir
Muito a aprender
Ritmo sem reduzir
Orgulho sem se render
A cobrança persegue
Até que a mente cegue
Giros de 360 graus
Tontos tropeçam em degraus
Se pratos caem
Palavras rudes saem
Fracasso imposto
Avermelha o rosto
Dias curtos
Provocam surtos
Prazo que crava
Mentalidade escrava
quinta-feira, 5 de julho de 2012
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