Licença Creative Commons O trabalho Reflexões Refletidas de Fabrício Olmo Aride foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Das vezes

Das vezes que errei querendo acertar
Que senti raiva querendo amar
Das vezes que não aguentei e desisti
Que querendo chorar, sorri

Das vezes que busquei a felicidade
Por caminhos tortuosos e torturantes
Das vezes que lembrei de outra idade
E vi que as coisas não são mais como antes

Das vezes que mesmo arrependido insisti
Que entorpecido não me reconheci
Das vezes que vi que era melhor parar
Para conseguir voltar a caminhar

Das vezes que me levantei ou fiquei deitado
Que rejeitei ou fui rejeitado
Das vezes que fiz o que não desejei
Que, por ilusão ou comodismo, aceitei

Das vezes que tentei agarrar mas voou
Que por dentro gritei e não ecoou
Das vezes que ganhei ou perdi
Que me apaixonei e nunca mais vi

Das vezes de alegria nas festas e encontros
E saudades nas perdas e desencontros
Das vezes que querendo seguir caso a caso
Acabei no acaso

"Um brinde ao acaso. Um brinde ao que deu certo, ao que não deu em nada. Um brinde ao caminho incerto, à pessoa errada. Um brinde a tudo que acontece, um brinde ao que nunca vai acontecer. Tudo que mudou, e a tudo que nunca vai mudar." - Rodrigo Taveres


quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Não fique triste, criança

Não fique triste, criança
Foi melhor assim
Às vezes o adulto se cansa
E você presencia o fim

Tão pura
Convivendo com desavenças
Às vezes um mal não se cura
E generaliza doenças

Você só estava junto
Ouvindo de perto ou escondida
Vendo cair o seu mundo
E ficou com a maior ferida

Tão pequena, só queria ajudar
Dando amor a quem vivia a brigar
Descobriu cedo a fraqueza humana
Que tanta tristeza emana

Viu que a vida é um circo armado
Mas não é um mundo encantado
Pode até ser um lindo mar
Mas que pode inundar um lar

Não fique triste, criança
A brincadeira tem que seguir
Uma cadeira foi tirada da dança
E alguém teve que sair