Se não quer mais caminhar
Nem engatinhar
Se nada mais encanta
E os males não espanta
Se à harmonia não atende
E não a compreende
Se sabe o que fazer
Mas só sabe desfazer
Se para si mente
Promete e desmente
Se já não é mais o mesmo
E leva a vida a esmo
Se o cérebro ferve
E lhe frita
Se nada mais serve
E qualquer coisa irrita
Se insiste nos mesmos erros
E nos mesmos exageros
Se conhece o certo, não pratica
Implode e não edifica
Se deixou de ser inteligente
E optou por ser inconsequente
Se o amor está dormente
Então você está doente
O trabalho Reflexões Refletidas de Fabrício Olmo Aride foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada. |
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Adolescente
Agudo
No mu(n)do
Ideias
Odisseias
Fala
Cala
(Não) escutam
Relutam
Insiste, persiste
Resiste, desiste
Instável, indomável
Detestável, amável
Pequenininho
Espinho no ninho
De escanteio, sem recreio
Com receio
Vezes adulto
Risada e luto
Vezes criança
(Não) canta, (não) dança
(In)Diferente
(Des)Contente
(In)Dependente
Adolescente
No mu(n)do
Ideias
Odisseias
Fala
Cala
(Não) escutam
Relutam
Insiste, persiste
Resiste, desiste
Instável, indomável
Detestável, amável
Pequenininho
Espinho no ninho
De escanteio, sem recreio
Com receio
Vezes adulto
Risada e luto
Vezes criança
(Não) canta, (não) dança
(In)Diferente
(Des)Contente
(In)Dependente
Adolescente
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Vidabol
Como o futebol se parece com a vida
Com sentimentos de alegria ensandecida
Sentimentos de tristeza na derrota
Momentos em que a força se esgota
Momentos de recuperação
Momentos de superação
Em que vamos para a dividida
Com a alma aguerrida
Oportunidades que perdemos
Oportunidades que aproveitamos
Lances em que surpreendemos
Decepções que causamos
Insanidade
Amor
Animosidade
Dor
Trocamos muitos passes
Procurando os espaços
Espaços escassos
Com marcação e enlaces
Mas a maior sagacidade
É na maioria do tempo
Jogar com simplicidade
Evitando o contratempo
E intuir o lance agudo
Ter o lampejo de craque
Ir para o ataque
Entrar com bola e tudo
Feio é jogar a toalha
Amarelar para o rival
Fugir da batalha
Antes do apito final
Com sentimentos de alegria ensandecida
Sentimentos de tristeza na derrota
Momentos em que a força se esgota
Momentos de recuperação
Momentos de superação
Em que vamos para a dividida
Com a alma aguerrida
Oportunidades que perdemos
Oportunidades que aproveitamos
Lances em que surpreendemos
Decepções que causamos
Insanidade
Amor
Animosidade
Dor
Trocamos muitos passes
Procurando os espaços
Espaços escassos
Com marcação e enlaces
Mas a maior sagacidade
É na maioria do tempo
Jogar com simplicidade
Evitando o contratempo
E intuir o lance agudo
Ter o lampejo de craque
Ir para o ataque
Entrar com bola e tudo
Feio é jogar a toalha
Amarelar para o rival
Fugir da batalha
Antes do apito final
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Caixas
Uma caixa
Dentro de uma caixa
Dentro de uma caixa
Dentro de uma caixa
Dentro de uma caixa
Dentro de uma caixa
Dentro de três caixas
Dentro de uma caixa
Dentro de uma caixa
Dentro de quatro caixas
Dentro de uma caixa
Dentro de uma caixa
Dentro de uma caixa
Dentro de uma caixa
Dentro de uma caixa
Dentro de três caixas
Ordene-as
Da maior para a menor
Coordene-as
Conheça-as de cor
Com tanta caixa
É difícil pensar fora da caixa
Com tanta caixa
O que se encaixa?
Dentro de uma caixa
Dentro de uma caixa
Dentro de uma caixa
Dentro de uma caixa
Dentro de uma caixa
Dentro de três caixas
Dentro de uma caixa
Dentro de uma caixa
Dentro de quatro caixas
Dentro de uma caixa
Dentro de uma caixa
Dentro de uma caixa
Dentro de uma caixa
Dentro de uma caixa
Dentro de três caixas
Ordene-as
Da maior para a menor
Coordene-as
Conheça-as de cor
Com tanta caixa
É difícil pensar fora da caixa
Com tanta caixa
O que se encaixa?
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Comprometido
Promessas não cumpridas
Adiadas, esquecidas
Deixando pessoas no aguardo
Transferindo a outros o fardo
Não sabe dizer não
Diz sim com alarde
Tudo em vão
Covarde
Traz esperanças
E depois joga lanças
Diz que vai fazer e acontecer
Para depois esmorecer
Mea culpa
Meia desculpa
Sai pela tangente
Criança inconsequente
Se não ia fazer
Por que prometeu?
Optou pelo lazer?
Comprometeu
Comprometeu-se
Ao assumir o compromisso
Comprometeu-se
Irresponsável e omisso
Adiadas, esquecidas
Deixando pessoas no aguardo
Transferindo a outros o fardo
Não sabe dizer não
Diz sim com alarde
Tudo em vão
Covarde
Traz esperanças
E depois joga lanças
Diz que vai fazer e acontecer
Para depois esmorecer
Mea culpa
Meia desculpa
Sai pela tangente
Criança inconsequente
Se não ia fazer
Por que prometeu?
Optou pelo lazer?
Comprometeu
Comprometeu-se
Ao assumir o compromisso
Comprometeu-se
Irresponsável e omisso
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Apostas
Diferenças de discurso
Ideias divergentes
Diferenças de percurso
Poucos pontos convergentes
Como chegar a uma decisão
Com lados opostos da razão?
Como chegar a um senso comum
Com uma verdade para cada um?
É complicado o relacionamento humano
Muitas vezes caímos em desengano
E com nosso prejulgamento
Torna-se penoso o entendimento
Diferenças de conhecimento...
Vivência...
Discernimento...
Experiência
Como juntar tudo isso
Em prol de um mesmo compromisso?
Em que persistir?
Do que desistir?
Respostas difíceis
Para uns, inconcebíveis
Para outros, inteligentes
Consistentes? Ou negligentes?
Quando há pontos subjetivos
Para os mesmos objetivos
Não existem respostas
Existem apostas
Ideias divergentes
Diferenças de percurso
Poucos pontos convergentes
Como chegar a uma decisão
Com lados opostos da razão?
Como chegar a um senso comum
Com uma verdade para cada um?
É complicado o relacionamento humano
Muitas vezes caímos em desengano
E com nosso prejulgamento
Torna-se penoso o entendimento
Diferenças de conhecimento...
Vivência...
Discernimento...
Experiência
Como juntar tudo isso
Em prol de um mesmo compromisso?
Em que persistir?
Do que desistir?
Respostas difíceis
Para uns, inconcebíveis
Para outros, inteligentes
Consistentes? Ou negligentes?
Quando há pontos subjetivos
Para os mesmos objetivos
Não existem respostas
Existem apostas
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Simplicidade
Para que complicar?
Quer se mostrar inteligente?
Algo estranho no ar
Nunca está bom o suficiente
Excessivamente inventivo
Nada produtivo
Dando voltas no universo
Um tanto controverso
Se precisa fazer uma bola
Pega um quadrado
Muda de lado
E cola
Pega um triângulo
Gira em outro ângulo
Cola no quadrado
E o trapézio é acionado
Coloca o trapézio à direita
Amassa tudo, faz uma bola
Amassa tudo, faz uma bola
Está quase pronta a receita
Só falta jogar fora
Se é simples o exercício
Por que torná-lo difícil?
Saudades da simplicidade
Que rima com facilidade
E felicidade
E felicidade
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Descontrole
Feroz discussão
Como um tiro no coração
Tanta animosidade
Sem finalidade
Somente o fim
Parece enterrar
A semente, enfim
Que não irá brotar
Ficará ali, sufocada
Sem conseguir emergir
Pequena e dilacerada
Na prisão do existir
O ódio se torna mágoa
Tanta lágrima deságua
Em um rio calado
Refletindo um ser enfadado
Que queria ter controle
E acabou em descontrole
Pois a falta de mansidão
Só lhe trouxe solidão
Valorizemos quem nos ama
Não matemos nossa alma com ira
Pois a cada ato que inflama
Nos posicionamos na alça da mira
Como um tiro no coração
Tanta animosidade
Sem finalidade
Somente o fim
Parece enterrar
A semente, enfim
Que não irá brotar
Ficará ali, sufocada
Sem conseguir emergir
Pequena e dilacerada
Na prisão do existir
O ódio se torna mágoa
Tanta lágrima deságua
Em um rio calado
Refletindo um ser enfadado
Que queria ter controle
E acabou em descontrole
Pois a falta de mansidão
Só lhe trouxe solidão
Valorizemos quem nos ama
Não matemos nossa alma com ira
Pois a cada ato que inflama
Nos posicionamos na alça da mira
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Renascer
Aquela sensação
De que tudo parou
Inibindo a ação
Quando tudo mudou
Acumulando frustrações
Pelas próprias inanições
Assim segue a caminhar
Parando no mesmo lugar
São exatos os motivos
Que produzem mortos-vivos
Quando o que deve ser feito agora
Acaba deixado para outra hora
E esta hora vai passando
Os erros seguem acumulando
A coragem vai sendo perdida
Abre cada vez mais a ferida
É necessário respirar
É necessário encarar
É necessário se convencer
Para, enfim, renascer
De que tudo parou
Inibindo a ação
Quando tudo mudou
Acumulando frustrações
Pelas próprias inanições
Assim segue a caminhar
Parando no mesmo lugar
São exatos os motivos
Que produzem mortos-vivos
Quando o que deve ser feito agora
Acaba deixado para outra hora
E esta hora vai passando
Os erros seguem acumulando
A coragem vai sendo perdida
Abre cada vez mais a ferida
É necessário respirar
É necessário encarar
É necessário se convencer
Para, enfim, renascer
domingo, 18 de novembro de 2012
Estudar
Estudar, perseverar
Necessidade, oportunidade
Quebra-cabeça
Provação, privação
Confinamento, refinamento
Ler, escrever
Pensar, meditar
Fazer, refazer
Respirar, focar
Quebra-cabeça
Para que a mente enriqueça
Unir cada peça
Unir cada peça
Sem que nada impeça
Quebrar barreiras
Progredir
Expandir fronteiras
Progredir
Expandir fronteiras
Usufruir
Se aprendeu
O conhecimento é seu
Investimento que soma
Ninguém lhe toma
O que é mantido
É o conhecimento adquirido
Pessoas mudam de lugar
Onde você quer chegar?
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Genérico
Com tantos padrões
Só aumentam as questões
É acessível?
É compreensível?
Onipresente
Será?
Seria prepotente?
Quem entenderá?
Quais são as razões?
Razões racionais?
Tantas elucubrações
Realidades irreais?
Dizem que resolve tudo
Coerente, contudo?
Estamos cegos e surdos?
Ou vendo e ouvindo absurdos?
Limite entre genial
E Professor Pardal
É quadrado ou esférico?
Vertiginoso genérico
Só aumentam as questões
É acessível?
É compreensível?
Onipresente
Será?
Seria prepotente?
Quem entenderá?
Quais são as razões?
Razões racionais?
Tantas elucubrações
Realidades irreais?
Dizem que resolve tudo
Coerente, contudo?
Estamos cegos e surdos?
Ou vendo e ouvindo absurdos?
Limite entre genial
E Professor Pardal
É quadrado ou esférico?
Vertiginoso genérico
sábado, 10 de novembro de 2012
Lobisomem
Dizer que não sabe
Assumir fraquezas
Dizer que não cabe
Assumir tristezas
Cair em julgamento
Sentir o sofrimento
Depois, julgar com sentença
Invadir sem licença
Juiz ou réu
Mocinhos e bandidos
Invertendo o papel
Valores encardidos
Competição
Individualismo
Distorção
Cinismo
Enxergar o exterior
Enxergar o interior
O que se faz?
Que resultado traz?
Ainda não foi entendido
Em nossa alma lobisomem
Que nesse mundo perdido
Não existe o super-homem
Assumir fraquezas
Dizer que não cabe
Assumir tristezas
Cair em julgamento
Sentir o sofrimento
Depois, julgar com sentença
Invadir sem licença
Juiz ou réu
Mocinhos e bandidos
Invertendo o papel
Valores encardidos
Competição
Individualismo
Distorção
Cinismo
Enxergar o exterior
Enxergar o interior
O que se faz?
Que resultado traz?
Ainda não foi entendido
Em nossa alma lobisomem
Que nesse mundo perdido
Não existe o super-homem
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Para trás
Fique para trás
Hábito errado
Palavra mordaz
Punho cerrado
Fique para trás
O que não serve
O que julga incapaz
Sangue que ferve
Fique para trás
Efêmera moda
Quem nada faz
Tudo o que poda
Fique para trás
A injustiça
O que malefícios traz
A preguiça
Fique para trás
Todo tormento
Hora de pegar as pás
Cobrir tudo com cimento
Fique para trás
Fruto de infelicidade
Apodreça em paz
Em nome da liberdade
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Ida
Ir
Despedir
Recomeçar
Pensar
No que foi proveitoso
No que foi desastroso
Nova oportunidade
Nova eternidade
Outra cultura
Outra loucura
Loucura da mudança
Quem não espera, também alcança
Agora é seguir
Nova porta após sair
Ato certo, ato falho
Reorganizando o baralho
De peito aberto
Olhar desperto
E o que é passado
Não será descartado
Aprendizado empírico
De modo lírico
Canalizando as energias
Tracejando as vias
Existe o agora
Existe o amanhã
E existe a hora
De uma nova manhã
Despedir
Recomeçar
Pensar
No que foi proveitoso
No que foi desastroso
Nova oportunidade
Nova eternidade
Outra cultura
Outra loucura
Loucura da mudança
Quem não espera, também alcança
Agora é seguir
Nova porta após sair
Ato certo, ato falho
Reorganizando o baralho
De peito aberto
Olhar desperto
E o que é passado
Não será descartado
Aprendizado empírico
De modo lírico
Canalizando as energias
Tracejando as vias
Existe o agora
Existe o amanhã
E existe a hora
De uma nova manhã
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
(X)
Amigo
Inimigo
Legal
Banal
Bonito
Feio
Vazio
Cheio
Rancoroso
Amoroso
Inibido
Atrevido
Articulado
Alienado
Cativante
Pedante
Modesto
Presunçoso
Honesto
Asqueroso
Autruísta
Egoísta
Corajoso
Medroso
Ouvir
Abstrair
Assimilar
Desconsiderar
Seguir
Retrair
Questão
Opção
Inimigo
Legal
Banal
Bonito
Feio
Vazio
Cheio
Rancoroso
Amoroso
Inibido
Atrevido
Articulado
Alienado
Cativante
Pedante
Modesto
Presunçoso
Honesto
Asqueroso
Autruísta
Egoísta
Corajoso
Medroso
Ouvir
Abstrair
Assimilar
Desconsiderar
Seguir
Retrair
Questão
Opção
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Mudança
Mais uma mudança
Onde estará pisando?
Outro ritmo de dança
A que estará se adequando
Outro ritmo de dança
A que estará se adequando
Para lá
Para cá
Acertar
Ou errar
Para cá
Acertar
Ou errar
A incógnita aguarda
Todo temor guarda
Hora de enfrentar
Deixar ser e estar
Todo temor guarda
Hora de enfrentar
Deixar ser e estar
A decisão foi tomada
Alta tensão na tomada
Derrota ou vitória?
Bancarrota ou glória?
Alta tensão na tomada
Derrota ou vitória?
Bancarrota ou glória?
Hora de sair do chão
Voar pela contramão
Até que a nuvem desapareça
E a luz do sol aqueça
Voar pela contramão
Até que a nuvem desapareça
E a luz do sol aqueça
Esta é a sequência
Sem saber a consequência
Mas é melhor arriscar-se a voar
Do que cair sem tentar
Sem saber a consequência
Mas é melhor arriscar-se a voar
Do que cair sem tentar
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Pegou Pesado
Pegou pesado
Falou o que não devia
Acharam errado
E ninguém esquecia
Aquele termo infame
No meio do certame
Escândalo pela frase
Colocando-o em má fase
Oh, coisa terrível
Oh, palavra inesquecível
Colocando-o na marginalidade
Na fossa da vulgaridade
Decoradores de lições de moral
Colocam-se acima do bem e do mal
Mas na hora que o cerco cerra
Toda esta soberba encerra
Eis que julgam e mandam
Comportam-se como agiotas
Dizem que uns só falam e andam
Chamam-os de idiotas
Em suas memórias dormentes
Pegam erros alheios pelo laço
Agiotas de mentes
Agiotas do espaço
domingo, 2 de setembro de 2012
Saudades
Saudades de tempos passados
De um tempo que sonhamos vir
De momentos marcados
Do existir
Saudades das coisas que mudaram
Lugares que se desfiguraram
Pessoas que não vemos mais
Amizades reais
Saudades a distância
Que ameniza a ânsia
De um reencontro
Sob o desencontro
Saudades da simplicidade
Da cumplicidade
Do problema ignorado
Dor deixada de lado
Saudades do que não aconteceu
Do que antecedeu
À dúvida do decidir
Para qual caminho seguir
Saudades
Através das idades
Vida que segue
Mas que não nos cegue
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Eleison
Os vícios das palavras
Que impõem travas
Fazem com que tudo mude
O próprio cérebro se ilude
Situações que tentamos esquecer
E que acabam repetindo
Não deixam o clima arrefecer
Há sempre alguém assistindo
Qual será a bifurcação?
Onde está o fim da estrada?
Não há nenhuma proteção
Quando se tropeça na escada
Elementos que se misturam
Doenças que não se curam
Dia nublado pela frente
Sob o olhar convalescente
Acabou de começar
Parece nunca acabar
Fora de si mesmo
Caminhando a esmo
Mundo dá voltas
Em meio a revoltas
Kyrie eleison
Christe eleison
Que impõem travas
Fazem com que tudo mude
O próprio cérebro se ilude
Situações que tentamos esquecer
E que acabam repetindo
Não deixam o clima arrefecer
Há sempre alguém assistindo
Qual será a bifurcação?
Onde está o fim da estrada?
Não há nenhuma proteção
Quando se tropeça na escada
Elementos que se misturam
Doenças que não se curam
Dia nublado pela frente
Sob o olhar convalescente
Acabou de começar
Parece nunca acabar
Fora de si mesmo
Caminhando a esmo
Mundo dá voltas
Em meio a revoltas
Kyrie eleison
Christe eleison
domingo, 29 de julho de 2012
Autossabotagem
Na madrugada
Com a casa iluminada
A vizinhança recolhida
Boa hora escolhida
Para pensar sem pressa
Sobre cada conversa
Sobre cada situação
Para adequar a visão
Movimentos frenéticos semanais
Que tentam nos impedir
De analisar os sinais
Desde a chegada até o partir
Saturação do olhar
Pedindo a Deus para guiar
Em terras tão conhecidas
Mas com profundas feridas
O silêncio é a sapiência
Infalível ciência
Deixando outros falarem
E autossabotarem
Quando fala
Autossabota
E quando se cala
A cabeça lota
Isso está indo longe demais
Desentendimentos gerais
Ecos neste meio
Sumindo o esteio
Chega de conversa
Tanta controvérsia
Contaminando a todos
Formando lodos
Isso só levará ao fim
Um fim com ruim memória
Se as coisas continuarem assim
Será sem final feliz esta história
Com a casa iluminada
A vizinhança recolhida
Boa hora escolhida
Para pensar sem pressa
Sobre cada conversa
Sobre cada situação
Para adequar a visão
Movimentos frenéticos semanais
Que tentam nos impedir
De analisar os sinais
Desde a chegada até o partir
Saturação do olhar
Pedindo a Deus para guiar
Em terras tão conhecidas
Mas com profundas feridas
O silêncio é a sapiência
Infalível ciência
Deixando outros falarem
E autossabotarem
Quando fala
Autossabota
E quando se cala
A cabeça lota
Isso está indo longe demais
Desentendimentos gerais
Ecos neste meio
Sumindo o esteio
Chega de conversa
Tanta controvérsia
Contaminando a todos
Formando lodos
Isso só levará ao fim
Um fim com ruim memória
Se as coisas continuarem assim
Será sem final feliz esta história
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Vento
Vento que bate forte
Cabelos que perdem a forma
Pessoas procurando o norte
Não querendo fugir à norma
Olhos semiabertos
Protegendo-se dos detritos
Temores secretos
Pensamentos aflitos
Roupas que flamulam
Testas que franzem
Rostos que formulam
Um futuro que não tangem
Um passo de cada vez
Em meio à ventania
Nas calçadas que talvez
Sejam cenários de agonia
Com algo urgente a fazer
Tendo alguém a obedecer
Seguindo o modelo hierárquico
Pensamento anárquico
Vontade de soprar o vento
Para que leve todo excremento
De uma mentalidade totalitária
De uma regra arbitrária
Sair deste chão
Voar como avião
Desfazendo as amarras
Decepando estas garras
Vento que bate contra
E que sempre nos encontra
Hoje quero jogar-te para longe
E viver como um monge
Cabelos que perdem a forma
Pessoas procurando o norte
Não querendo fugir à norma
Olhos semiabertos
Protegendo-se dos detritos
Temores secretos
Pensamentos aflitos
Roupas que flamulam
Testas que franzem
Rostos que formulam
Um futuro que não tangem
Um passo de cada vez
Em meio à ventania
Nas calçadas que talvez
Sejam cenários de agonia
Com algo urgente a fazer
Tendo alguém a obedecer
Seguindo o modelo hierárquico
Pensamento anárquico
Vontade de soprar o vento
Para que leve todo excremento
De uma mentalidade totalitária
De uma regra arbitrária
Sair deste chão
Voar como avião
Desfazendo as amarras
Decepando estas garras
Vento que bate contra
E que sempre nos encontra
Hoje quero jogar-te para longe
E viver como um monge
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Fera
Após outro fim, a ressurreição
Uma nova lição
Descartada outrora
Ressuscitou em boa hora
Lapso momentâneo
Eclodir instantâneo
De repente tudo se junta
Desenferruja a junta
Aquele lapso de inspiração
Que torna obrigação
Analisar o mesmo de forma diferente
O diferente não pode ser ausente
Quando faltou coragem
Transformou ouro em lavagem
E quando puseram as cartas na mesa
O que sobrou foi tristeza
Pelo medo de fazer
Pelo medo de agir
Pelo raio de lazer
Que só fez retroagir
Esperou
Acreditou que o mundo esperava
Postergou
E furaram o ego que inflava
Eis que voltando à lição
A vida trouxe mais um não
Qual é o próximo plano?
Deixará para o próximo ano?
O tempo é uma matemática
Que destrói qualquer tática
Não posta em prática no tempo
Por se refugiar no contratempo
Morreu em mais uma guerra
Ressuscitou, mas o tempo serra
Cada era é uma atroz fera
Se não enfrentar, já era
Uma nova lição
Descartada outrora
Ressuscitou em boa hora
Lapso momentâneo
Eclodir instantâneo
De repente tudo se junta
Desenferruja a junta
Aquele lapso de inspiração
Que torna obrigação
Analisar o mesmo de forma diferente
O diferente não pode ser ausente
Quando faltou coragem
Transformou ouro em lavagem
E quando puseram as cartas na mesa
O que sobrou foi tristeza
Pelo medo de fazer
Pelo medo de agir
Pelo raio de lazer
Que só fez retroagir
Esperou
Acreditou que o mundo esperava
Postergou
E furaram o ego que inflava
Eis que voltando à lição
A vida trouxe mais um não
Qual é o próximo plano?
Deixará para o próximo ano?
O tempo é uma matemática
Que destrói qualquer tática
Não posta em prática no tempo
Por se refugiar no contratempo
Morreu em mais uma guerra
Ressuscitou, mas o tempo serra
Cada era é uma atroz fera
Se não enfrentar, já era
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Achou?
O que você achou?
Achado não é roubado?
O que você acha?
Você se acha?
Se acha o quê?
Você se achou?
Eu não me achei
Eu não me acho
Estou me procurando
Você está se procurando
Não me procure
Procuro, não curo
Nada ou tudo?
Qual é a diferença?
Se nada ou tudo
Acabam no vazio?
E este vazio?
Jogou para a divindade?
Divina comédia
Estamos nela
Quem sabe um dia
Quem sabe uma noite
Tudo acabe
Tudo recomece
E aí, achou?
Continue procurando
Encontrará aos poucos
Pode ser que encontre muito
Mas achará pouco
Pois acha que merece mais
Esquece que neste mundo louco
Somos reles mortais
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Limite
Limite do conhecimento
Limite do caminho
Limite do intento
Limite do espinho
Limite da sanidade
Limite da cidade
Limite da consagração
Limite da ação
Limite da vitória
Limite da glória
Limite da espera
Limite da esfera
Limite do calor
Limite do frio
Limite do clamor
Limite do rio
Limite do organismo
Limite do abismo
Limite do aperto
Limite do acerto
Limite a transgredir
Limite a regredir
Limite da lida
Limite da vida
Limite para se iludir
Limite para decidir
Entre cruzes e espadas
Dúvidas ilimitadas
Limite do caminho
Limite do intento
Limite do espinho
Limite da sanidade
Limite da cidade
Limite da consagração
Limite da ação
Limite da vitória
Limite da glória
Limite da espera
Limite da esfera
Limite do calor
Limite do frio
Limite do clamor
Limite do rio
Limite do organismo
Limite do abismo
Limite do aperto
Limite do acerto
Limite a transgredir
Limite a regredir
Limite da lida
Limite da vida
Limite para se iludir
Limite para decidir
Entre cruzes e espadas
Dúvidas ilimitadas
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Mentalidade Escrava
Tempo nada ameno
Efeito do baralho
O dia fica pequeno
Difícil encontrar atalho
Muito a produzir
Muito a aprender
Ritmo sem reduzir
Orgulho sem se render
A cobrança persegue
Até que a mente cegue
Giros de 360 graus
Tontos tropeçam em degraus
Se pratos caem
Palavras rudes saem
Fracasso imposto
Avermelha o rosto
Dias curtos
Provocam surtos
Prazo que crava
Mentalidade escrava
quinta-feira, 5 de julho de 2012
domingo, 17 de junho de 2012
Caos do Nada
Apagar das luzes
Rua sem saída
Alçar das cruzes
Calça caída
Maçaneta quebrada
Asa cortada
Trânsito obstruído
Gênio enlouquecido
Travesseiro mofado
Trajeto embaralhado
Faca cega
Afirmação que nega
Tesouro perdido
Conselho esquecido
Respiração sem ar
Praia sem mar
Caos do nada
No mar vazio nada
Folião sem fantasia
Cabeça vazia
Rua sem saída
Alçar das cruzes
Calça caída
Maçaneta quebrada
Asa cortada
Trânsito obstruído
Gênio enlouquecido
Travesseiro mofado
Trajeto embaralhado
Faca cega
Afirmação que nega
Tesouro perdido
Conselho esquecido
Respiração sem ar
Praia sem mar
Caos do nada
No mar vazio nada
Folião sem fantasia
Cabeça vazia
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Cruz
O que acontece
Quando os parâmetros se vão?
O que permanece
O que foi em vão?
Mudanças traumáticas
Irresolutas pelas matemáticas
Provocando o desconforto
Sob o olhar torto
A culpa que domina
Praticando ações que abomina
Vendo tudo esmaecer
Lamentando não poder retroceder
E voltar no ponto da decisão
Negação ou afirmação
De um passado liberto
Para um presente incerto
Pergunta a Deus
Com a cruz nas costas
Quais erros são os teus
Quais verdades estão postas
Serás a cruz de quem?
Quem será a tua cruz?
Batalha entre o mal e o bem
Outro mundo que seduz
Crianças assustadas
Com medo do escuro
Não acreditam mais em fadas
Imploram pela luz do futuro
sábado, 2 de junho de 2012
Vice-Versa
Não, obrigado
Não me sinto obrigado
Não aceito esta proposta
Não farei esta aposta
Procure um boneco
Que reproduza seu eco
Que acate desagrados
Sem olhar para os lados
Sempre a mesma conversa
O mesmo vice-versa
Com o ouvido na parede
Preparando a rede
Alimentando a vaidade
Impondo a própria realidade
Nada a ver
Nada a crer
Não faz sentido
Sem alarido
Há outra direção
Com os riscos da contramão
Não me sinto obrigado
Não aceito esta proposta
Não farei esta aposta
Procure um boneco
Que reproduza seu eco
Que acate desagrados
Sem olhar para os lados
Sempre a mesma conversa
O mesmo vice-versa
Com o ouvido na parede
Preparando a rede
Alimentando a vaidade
Impondo a própria realidade
Nada a ver
Nada a crer
Não faz sentido
Sem alarido
Há outra direção
Com os riscos da contramão
terça-feira, 15 de maio de 2012
Entendimento
Mil explicações
Nenhum entendimento
Um diz que faltam informações
Outro o trata como jumento
Surge um problema
Que atrapalha o esquema
Um diz que o outro não detalha
Outro acusa a falha
Nenhum entendimento
Só desentendimento
Um desmotivado
O outro irado
Um não entra em sintonia
Outro o trata com ironia
Um pensa em dar um murro
Outro o trata como burro
Sem nenhuma conclusão
E com este impasse na situação
Se continua acirrado o ânimo
O resultado é o desânimo
A um falta boa comunicação
A outro falta conhecimento
Para que haja evolução
Só com doses de refinamento
Nenhum entendimento
Um diz que faltam informações
Outro o trata como jumento
Surge um problema
Que atrapalha o esquema
Um diz que o outro não detalha
Outro acusa a falha
Nenhum entendimento
Só desentendimento
Um desmotivado
O outro irado
Um não entra em sintonia
Outro o trata com ironia
Um pensa em dar um murro
Outro o trata como burro
Sem nenhuma conclusão
E com este impasse na situação
Se continua acirrado o ânimo
O resultado é o desânimo
A um falta boa comunicação
A outro falta conhecimento
Para que haja evolução
Só com doses de refinamento
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Virais
Ausência de bom senso
Consequências prejudiciais
Pela omissão declarada
Consequências prejudiciais
Assoam no lenço
Atitudes virais
Ignorância descabida
Torna forçada a lida
Sob egoístas visões
E vazias elucubrações
Enquanto o germe espalha
Pessoas jogam a toalha
Consideram tudo normal
Para manter o formal
Contemplam
Contemplam
Cada revés que nasce
Aceitam
Aceitam
Até que um dia passe
Pela omissão declarada
A infecção generalizada
Causa o literal mal-estar
Em nome do deixa estar
Em nome do deixa estar
sábado, 12 de maio de 2012
Mudar
Mudar
Trocar o ar
Partir
Fluir
Buscar soluções
Para as próprias questões
Entender os ciclos
Sem andar em círculos
Renovar
Sair da zona de desconforto
Encarar
Em algo novo absorto
Adiante
Visão mais distante
Acatar a realidade
Sem parar a atividade
Mais
Se pode mais
Não por vaidade
Por necessidade
Assim
Felicita o sim
Senão
Digere o não
Trocar o ar
Partir
Fluir
Buscar soluções
Para as próprias questões
Entender os ciclos
Sem andar em círculos
Renovar
Sair da zona de desconforto
Encarar
Em algo novo absorto
Adiante
Visão mais distante
Acatar a realidade
Sem parar a atividade
Mais
Se pode mais
Não por vaidade
Por necessidade
Assim
Felicita o sim
Senão
Digere o não
Confim
Confuso
No fuso
Agoura
O agora
Paralisado
Dominado
Preso à teia
Ideia atéia
Entorpecido
Obstruído
Sem direção
Na contramão
Vagabundo
Contra o mundo
Sem dança
Ou esperança
Distante
Hesitante
Só
Nó
Lamentável
Lamenta
Imutável
Não tenta
Se afasta
Se arrasta
Ao confim
Fim
No fuso
Agoura
O agora
Paralisado
Dominado
Preso à teia
Ideia atéia
Entorpecido
Obstruído
Sem direção
Na contramão
Vagabundo
Contra o mundo
Sem dança
Ou esperança
Distante
Hesitante
Só
Nó
Lamentável
Lamenta
Imutável
Não tenta
Se afasta
Se arrasta
Ao confim
Fim
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Parasitas
No começo, a igualdade
Utópica honestidade
Funções bem definidas
Corretamente distribuídas
Ao começar as ações
Boas intenções
Cada um parece disposto
A cumprir o proposto
Os dias passam
Alguns se afastam
Alguns continuam
Para que as obras fluam
Alguns só participam
Para créditos obter
Mas ao máximo evitam
Qualquer ajuda oferecer
E todo peso cai
Nas costas dos poucos
Cuja consciência não trai
E lutam feito loucos
Os que querem tirar vantagem
Com indiferença reagem
Só estenderão a mão
No momento da condecoração
Parasitas de ocasião
Devem achar hilários
Os dignos otários
Fazendo das tripas coração
Utópica honestidade
Funções bem definidas
Corretamente distribuídas
Ao começar as ações
Boas intenções
Cada um parece disposto
A cumprir o proposto
Os dias passam
Alguns se afastam
Alguns continuam
Para que as obras fluam
Alguns só participam
Para créditos obter
Mas ao máximo evitam
Qualquer ajuda oferecer
E todo peso cai
Nas costas dos poucos
Cuja consciência não trai
E lutam feito loucos
Os que querem tirar vantagem
Com indiferença reagem
Só estenderão a mão
No momento da condecoração
Parasitas de ocasião
Devem achar hilários
Os dignos otários
Fazendo das tripas coração
sábado, 28 de abril de 2012
Qual é a sua?
Qual é a sua?
Falta um pé no par
A camisa sua
Mas não encontra o seu lugar
Qual é a sua?
Observando outras vidas
Não recua
Mas lamenta as feridas
Qual é a sua?
Sente-se deslocado
Mas não precisou ir à lua
Para entender o recado
Qual é a sua?
Se entendeu o recado
A verdade está nua
Mas não lhe deixa excitado
Qual é a sua?
Onde está a sua lua?
Qual é o seu adjetivo?
Qual é o seu substantivo?
domingo, 22 de abril de 2012
Feito?
Feito
Ficou direito?
Meta alcançada?
Ou entrou numa roubada?
Com tanta demanda
A sorte é quem manda
O que o conhecimento permite
É o resultado que emite
Se algo faltou
Como soou?
O filme foi queimado?
Ou há pouco a ser reparado?
Dedicou-se o necessário?
Ou autoconfiante, foi arbitrário?
Escutou os avisos?
Ou acabou em improvisos?
Foi longo o prazo?
Ou foi raso?
Procurou auxílio?
Ou preferiu o exílio?
Há vezes que o tempo é lento
Há vezes que o tempo é veloz
Quando não se está atento
Torna-se seu próprio algoz
Ficou direito?
Meta alcançada?
Ou entrou numa roubada?
Com tanta demanda
A sorte é quem manda
O que o conhecimento permite
É o resultado que emite
Se algo faltou
Como soou?
O filme foi queimado?
Ou há pouco a ser reparado?
Dedicou-se o necessário?
Ou autoconfiante, foi arbitrário?
Escutou os avisos?
Ou acabou em improvisos?
Foi longo o prazo?
Ou foi raso?
Procurou auxílio?
Ou preferiu o exílio?
Há vezes que o tempo é lento
Há vezes que o tempo é veloz
Quando não se está atento
Torna-se seu próprio algoz
sábado, 21 de abril de 2012
Até o Fim
Parece um oceano
Parece nunca terminar
Luta para não haver dano
E não morrer no mar
Continua na ação
Resignada subordinação
Àquilo que tanto ocupa
E também preocupa
Hora de ir até o fim
Pois buscou estar assim
É só um pequeno sofrimento
Missão cumprida será o alento
Se aguentou até agora
Não é momento de ir embora
Sair do rumo na reta final
Seria um desastroso mal
Falta pouco para a vitória
Virar esta página com glória
Depois será só uma boa recordação
De quem não foi vencido pela inanição
Parece nunca terminar
Luta para não haver dano
E não morrer no mar
Continua na ação
Resignada subordinação
Àquilo que tanto ocupa
E também preocupa
Hora de ir até o fim
Pois buscou estar assim
É só um pequeno sofrimento
Missão cumprida será o alento
Se aguentou até agora
Não é momento de ir embora
Sair do rumo na reta final
Seria um desastroso mal
Falta pouco para a vitória
Virar esta página com glória
Depois será só uma boa recordação
De quem não foi vencido pela inanição
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Palavra Mágica
De repente a escuridão
Toma conta da situação
É difícil achar saída
Na dificuldade concebida
Em 360 graus girando
E no mesmo chavão parando
A carroça para de andar
E tudo começa a desandar
Tudo em que encosta
Não muda
Não escuta a resposta
Da mente muda
É a fase complicada
Onde o acerto é igual a nada
O ganho se torna gasto
E o vivo se torna nefasto
Nesta fase não há tática
Para recuperar o que se perdeu
Mas existe uma palavra mágica
Fudeu
Toma conta da situação
É difícil achar saída
Na dificuldade concebida
Em 360 graus girando
E no mesmo chavão parando
A carroça para de andar
E tudo começa a desandar
Tudo em que encosta
Não muda
Não escuta a resposta
Da mente muda
É a fase complicada
Onde o acerto é igual a nada
O ganho se torna gasto
E o vivo se torna nefasto
Nesta fase não há tática
Para recuperar o que se perdeu
Mas existe uma palavra mágica
Fudeu
E agora?
O tempo acabou
O que passou, passou
É chegada a hora
E agora?
Passou o tempo
Com algum contratempo
Equivocada previsão
E então?
O que devia estar feito
Ainda está por fazer
E pensa em seu leito
Irão compreender?
O desespero toma conta
Perdeu-se na conta
O portão se encerra
Por que tanto erra?
Sentindo-se perdido
Pelo tempo decorrido
Agora quer correr atrás
E fugir de influências más?
Influências de quem?
Influências do quê?
Não encontrando o porém
Agora amarga o se
O que passou, passou
É chegada a hora
E agora?
Passou o tempo
Com algum contratempo
Equivocada previsão
E então?
O que devia estar feito
Ainda está por fazer
E pensa em seu leito
Irão compreender?
O desespero toma conta
Perdeu-se na conta
O portão se encerra
Por que tanto erra?
Sentindo-se perdido
Pelo tempo decorrido
Agora quer correr atrás
E fugir de influências más?
Influências de quem?
Influências do quê?
Não encontrando o porém
Agora amarga o se
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Fazer
Começar
Como é complicado
Aplicar
O conhecimento acumulado
Ideias que vagueiam
Muitas vezes desnorteiam
O foco não pode ser perdido
E o resultado tem que ser atingido
É difícil organizar
É difícil se organizar
Mas se nesta situação estamos
É porque a ela procuramos
Não adianta sair pela tangente
Pois assim para si mente
É um período de privação
Não é uma prisão, mas uma lição
É hora de fazer
E do resto esquecer
Honrar o compromisso
Derrotado é o ser omisso
E um trabalho bem feito
Causará o efeito
Da vitória de quem persistiu
Encarou de frente e não desistiu
Como é complicado
Aplicar
O conhecimento acumulado
Ideias que vagueiam
Muitas vezes desnorteiam
O foco não pode ser perdido
E o resultado tem que ser atingido
É difícil organizar
É difícil se organizar
Mas se nesta situação estamos
É porque a ela procuramos
Não adianta sair pela tangente
Pois assim para si mente
É um período de privação
Não é uma prisão, mas uma lição
É hora de fazer
E do resto esquecer
Honrar o compromisso
Derrotado é o ser omisso
E um trabalho bem feito
Causará o efeito
Da vitória de quem persistiu
Encarou de frente e não desistiu
terça-feira, 17 de abril de 2012
Pilares
Eis os que se denominam
Os verdadeiros pilares
Acreditam que dominam
E que estão nos altares
Fazem questão
De refazer a mesma lição
No mesmo rumo diário
Não precisam nem de diário
Satisfeitos com a mesmice
Exalando caretice
Reclamando das questões
Que se repetem há gerações
Julgam-se mais necessários
Com comentários desnecessários
Fazem questão de ali ficar
Crendo que a Terra parou de girar
Estes são os pilares
Parados nos mesmos lugares
Mas se um dia a estrutura ruir
Sobre a soberba irá cair
Os verdadeiros pilares
Acreditam que dominam
E que estão nos altares
Fazem questão
De refazer a mesma lição
No mesmo rumo diário
Não precisam nem de diário
Satisfeitos com a mesmice
Exalando caretice
Reclamando das questões
Que se repetem há gerações
Julgam-se mais necessários
Com comentários desnecessários
Fazem questão de ali ficar
Crendo que a Terra parou de girar
Estes são os pilares
Parados nos mesmos lugares
Mas se um dia a estrutura ruir
Sobre a soberba irá cair
Empurra
Inchou, sobrou
Tem que cortar
Começou o show
Empurra daqui, empurra de lá
Para alguém irá sobrar
Não adianta chorar
Vão atacar para se defender
Ou dignamente esperar acontecer
Ou procurar alternativa
Mantendo a rede ativa
Abrangendo os horizontes
Escalando outros montes
Segue o jogo de empurra
Em uma coletiva loucura
Levados pelo desespero
Ao infame exagero
E finalmente alguém cai
Mais uma esperança se vai
É necessário reagir
Cair não significa sucumbir
Tem que cortar
Começou o show
Empurra daqui, empurra de lá
Para alguém irá sobrar
Não adianta chorar
Vão atacar para se defender
Ou dignamente esperar acontecer
Ou procurar alternativa
Mantendo a rede ativa
Abrangendo os horizontes
Escalando outros montes
Segue o jogo de empurra
Em uma coletiva loucura
Levados pelo desespero
Ao infame exagero
E finalmente alguém cai
Mais uma esperança se vai
É necessário reagir
Cair não significa sucumbir
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Bajulação
Na frente elogios
Pelas costas maldizer
Estes são desvios
Que atacam o ser
Comportando-se como amigo
Talvez seja um perigoso inimigo
Ou somente alguém carente
Que para si próprio mente
Se não consegue jogar em outro a culpa
Por fim pede desculpa
Depois se diz injustiçado
Faz-se de coitado
Pode possuir um ar inocente
E agir como serpente
Adora uma competição
Coloca-se acima na comparação
Todo o mal que faz
Nunca é por mal
Muita confusão traz
E o resultado pode ser fatal
Fazendo-se de sonso
Deixa todo mundo zonzo
Onde quer chegar?
Algum plano quer realizar?
Quem percebe tenta entender
O que dali pode estender
Será que existe alguma intenção?
Ou é só uma gratuita bajulação?
Pelas costas maldizer
Estes são desvios
Que atacam o ser
Comportando-se como amigo
Talvez seja um perigoso inimigo
Ou somente alguém carente
Que para si próprio mente
Se não consegue jogar em outro a culpa
Por fim pede desculpa
Depois se diz injustiçado
Faz-se de coitado
Pode possuir um ar inocente
E agir como serpente
Adora uma competição
Coloca-se acima na comparação
Todo o mal que faz
Nunca é por mal
Muita confusão traz
E o resultado pode ser fatal
Fazendo-se de sonso
Deixa todo mundo zonzo
Onde quer chegar?
Algum plano quer realizar?
Quem percebe tenta entender
O que dali pode estender
Será que existe alguma intenção?
Ou é só uma gratuita bajulação?
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Barco
Ouviu
Respondeu
Discutiu
Estremeceu
(Não) Pensou
Se levantou
Não se despediu
Saiu
Enraiveceu
Se escafedeu
Ideia torta
Fechou a porta
Passaram as horas
Pensou nos foras
Arrependimento
Pelo mau momento
(Não) É um marco
Caiu do barco
Foi levado pelo mar
Por não saber nadar
Respondeu
Discutiu
Estremeceu
(Não) Pensou
Se levantou
Não se despediu
Saiu
Enraiveceu
Se escafedeu
Ideia torta
Fechou a porta
Passaram as horas
Pensou nos foras
Arrependimento
Pelo mau momento
(Não) É um marco
Caiu do barco
Foi levado pelo mar
Por não saber nadar
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Espera
Espera
Provoca atitude sincera
Impaciência para chegar a vez
Cada minuto parece um mês
Fila
Para muitos, o humor aniquila
Caminhando a passos de formiga
A ira é a força inimiga
Impaciente paciência
Caminha enquanto espera
A fila sempre será imensa
E a espera, tensa, intensa
Confrontando a ciência
Resistência à desistência
Os segundos seguem além
E tudo parece aquém
Paciência
Ciência
Vez
Talvez
Provoca atitude sincera
Impaciência para chegar a vez
Cada minuto parece um mês
Fila
Para muitos, o humor aniquila
Caminhando a passos de formiga
A ira é a força inimiga
Impaciente paciência
Caminha enquanto espera
A fila sempre será imensa
E a espera, tensa, intensa
Confrontando a ciência
Resistência à desistência
Os segundos seguem além
E tudo parece aquém
Paciência
Ciência
Vez
Talvez
sábado, 7 de abril de 2012
"Amigos"
Festa de "amigos"
Que não conhecemos
Olhando para seus umbigos
E que não compreendemos
O que conversamos
Reunidos neste local?
Em nada nos identificamos
É preciso uma pá de cal
Para encobrir a evidência
De que é só conveniência
É só um contato forçado
Onde nada é celebrado
Não quero ficar mais
Ir embora é minha ânsia
E me faz sentir demais
Saudades da infância
Onde amigos existiam
Sem nenhuma cerimônia
Esperanças persistiam
E não havia esta insônia
Que não conhecemos
Olhando para seus umbigos
E que não compreendemos
O que conversamos
Reunidos neste local?
Em nada nos identificamos
É preciso uma pá de cal
Para encobrir a evidência
De que é só conveniência
É só um contato forçado
Onde nada é celebrado
Não quero ficar mais
Ir embora é minha ânsia
E me faz sentir demais
Saudades da infância
Onde amigos existiam
Sem nenhuma cerimônia
Esperanças persistiam
E não havia esta insônia
Mas
Turbulento
Turbo
Lento
Antigamente
Antiga
Mente
Antipatia
Anti
Patia
Condescendente
Com
Descendente
Autoria
Autor
Ia
Felicidade
Feliz
Cidade
Fidelidade
Fidel
Idade
Parlamentar
Pra
Lamentar
Mas está errado!
Sim, está errado.
Muito errado...
Turbo
Lento
Antigamente
Antiga
Mente
Antipatia
Anti
Patia
Condescendente
Com
Descendente
Autoria
Autor
Ia
Felicidade
Feliz
Cidade
Fidelidade
Fidel
Idade
Parlamentar
Pra
Lamentar
Mas está errado!
Sim, está errado.
Muito errado...
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Queimação
Cuidado com o que vai falar
Cuidado para não se queimar
Pois se não se fizer entender
Antipatia irá trazer
Essa é a sociedade da etiqueta
Que procura esconder a faceta
Para manter as boas relações
Em nome das ocasiões
Sapos são engolidos
E ninguém dá ouvidos
Para palavras diferentes
Eis a era dos reticentes
Pelo lado esquerdo, não caminhe
Pois por ali não está direito
Para que tudo se alinhe
O que é dito tem que ser feito
A individualidade
Sofre com a castidade
Em nome do não ser
Para o medíocre sobreviver
Cuidado para não se queimar
Pois se não se fizer entender
Antipatia irá trazer
Essa é a sociedade da etiqueta
Que procura esconder a faceta
Para manter as boas relações
Em nome das ocasiões
Sapos são engolidos
E ninguém dá ouvidos
Para palavras diferentes
Eis a era dos reticentes
Pelo lado esquerdo, não caminhe
Pois por ali não está direito
Para que tudo se alinhe
O que é dito tem que ser feito
A individualidade
Sofre com a castidade
Em nome do não ser
Para o medíocre sobreviver
Missão
Nasci com a missão
De fazer a lição
Realizar tarefas à risca
Pois bobo é quem se arrisca
Cresci impelido pelo medo
Pois a verdade deve ser um segredo
Não devemos ser reais
E nos demonstrarmos reles mortais
Reproduzi pensando que era o certo
Mesmo com o bem estar incerto
E acabei vendo o quanto é difícil
Para questionar, não há artifício
Depois de um tempo sem escrever
Depois de um tempo sem compreender
Resolvi deixar de escolher pensamentos
Resolvi descrever momentos
Nasci
Cresci
Reproduzi
E daí?
De fazer a lição
Realizar tarefas à risca
Pois bobo é quem se arrisca
Cresci impelido pelo medo
Pois a verdade deve ser um segredo
Não devemos ser reais
E nos demonstrarmos reles mortais
Reproduzi pensando que era o certo
Mesmo com o bem estar incerto
E acabei vendo o quanto é difícil
Para questionar, não há artifício
Depois de um tempo sem escrever
Depois de um tempo sem compreender
Resolvi deixar de escolher pensamentos
Resolvi descrever momentos
Nasci
Cresci
Reproduzi
E daí?
Espelho
Espelho
Não me deixe vermelho
Pois devedor me sinto
E para mim mesmo minto
Quando lhe encaro
Custa-me caro
Ver o resultado
Do que foi alcançado
Espelho
Não existe mais conselho
Para mudar o rumo
Neste inexplicável resumo
As respostas flutuam
Os atores atuam
E o vazio transborda
Enquanto rompe-se a corda
Rotina chata
Rotina que achata
A mesma repetição
Denominada missão
Mas ainda estou aqui
Depois posso estar ali
E neste ir e vir
Há outros eus para refletir
Não me deixe vermelho
Pois devedor me sinto
E para mim mesmo minto
Quando lhe encaro
Custa-me caro
Ver o resultado
Do que foi alcançado
Espelho
Não existe mais conselho
Para mudar o rumo
Neste inexplicável resumo
As respostas flutuam
Os atores atuam
E o vazio transborda
Enquanto rompe-se a corda
Rotina chata
Rotina que achata
A mesma repetição
Denominada missão
Mas ainda estou aqui
Depois posso estar ali
E neste ir e vir
Há outros eus para refletir
quarta-feira, 28 de março de 2012
Vingança Pascal
Achou que passei por cima
Achou que deixei de lado
Manteve uma estranha cisma
E o maldizer veio em brado
Será que tem o que pensar?
Será que tem o que fazer?
Cuidado para não pirar
Cuidado para não se perder
Soltou palavras irreais
Com mentalidades banais
Acusou sem saber
Não conseguiu se conter
Sente-se vítima de perseguição
A insegurança atrapalha sua missão
Talvez não se considere importante
Paranoia delirante
E eis que guardou alguma mágoa
Logo em tempos de páscoa
E a vingança veio em alto quilate
Não quis me dar seu chocolate
sábado, 10 de março de 2012
Disse que Disse
Ele disse
Que ela disse
Que eles disseram que...
E eles não gostaram
Eles disseram
Que ele disse
Que ela disse que...
E ela não gostou
Ela disse
Que eu disse
Que vocês disseram que...
E vocês não gostaram
Vocês disseram
Que eles disseram
Que eu disse que...
E eu não gostei
Eu disse
Que vocês disseram
Que ele disse que...
E ele não gostou
Eu disse
Que vocês disseram
Que ele disse que...
E ele não gostou
Eu disse
Tu disseste
Ele disse
Ela disse
Nós dissemos
Vós dissestes
Eles disseram
E ninguém gostou
segunda-feira, 5 de março de 2012
Limpeza
Chegou a hora da limpeza
De realidades que não vivo
O que já foi riqueza
Pessoas que não mais convivo
Épocas em anotações
Lembranças que voltaram num susto
Agora são somente acumulações
Eliminadas sem custo
Eletrônicos hoje descartáveis
Que podem ser peças de museus
Textos que um dia foram respeitáveis
Itens que já não são mais meus
Contas que há muito tempo foram pagas
Roupas que não são mais usadas
Livros que só ocupavam espaço
Separados sem embaraço
Parte foi rasgada
Parte foi doada
Agora posso ter sossego
E viva o desapego
De realidades que não vivo
O que já foi riqueza
Pessoas que não mais convivo
Épocas em anotações
Lembranças que voltaram num susto
Agora são somente acumulações
Eliminadas sem custo
Eletrônicos hoje descartáveis
Que podem ser peças de museus
Textos que um dia foram respeitáveis
Itens que já não são mais meus
Contas que há muito tempo foram pagas
Roupas que não são mais usadas
Livros que só ocupavam espaço
Separados sem embaraço
Parte foi rasgada
Parte foi doada
Agora posso ter sossego
E viva o desapego
quinta-feira, 1 de março de 2012
Preocupação
Preocupação
Atrapalha a ação
Fato que pode ser fatal
Levar ao desespero banal
Ao prever uma hecatombe
Antes que o reino tombe
Você já traça as diretrizes
Antecipando todas as crises
Tudo é imperfeito
Mas você já sente o efeito
De algo que ainda nem aconteceu
Como se fosse um problema seu
Enquanto a Terra continua a girar
E o sol continua a raiar
Você se entrega à melancolia
E não enxerga a luz do dia
É claro que existem responsabilidades
É claro que existem adversidades
Mas não se permita enlouquecer
E deixar a vida morrer
Procure um sentido
Tenha o solo reconhecido
Mas seja mais leve
E que a felicidade lhe eleve
Atrapalha a ação
Fato que pode ser fatal
Levar ao desespero banal
Ao prever uma hecatombe
Antes que o reino tombe
Você já traça as diretrizes
Antecipando todas as crises
Tudo é imperfeito
Mas você já sente o efeito
De algo que ainda nem aconteceu
Como se fosse um problema seu
Enquanto a Terra continua a girar
E o sol continua a raiar
Você se entrega à melancolia
E não enxerga a luz do dia
É claro que existem responsabilidades
É claro que existem adversidades
Mas não se permita enlouquecer
E deixar a vida morrer
Procure um sentido
Tenha o solo reconhecido
Mas seja mais leve
E que a felicidade lhe eleve
domingo, 19 de fevereiro de 2012
Autêntico
Dentro de um modelo
Obedecendo comando
Tendo que fazê-lo
No mesmo passo andando
Caindo em ciladas
Em atividades delegadas
Rezando por uma solução
Que cause aceitação
Imerso no desconhecido
Procurando o sentido
Sem nenhum alento
Lançado ao vento
O conhecimento acumulado
Deve ser bem aplicado
Não adianta pular a fase
Se ainda não há uma base
E chega enfim a maturidade
Aliada à capacidade
É possível também moldar
Se, a algo que gosta, se doar
Aprofundar-se no assunto
Colocar todo aprendizado junto
Fugir do que seja idêntico
Inovar e ser autêntico
Obedecendo comando
Tendo que fazê-lo
No mesmo passo andando
Caindo em ciladas
Em atividades delegadas
Rezando por uma solução
Que cause aceitação
Imerso no desconhecido
Procurando o sentido
Sem nenhum alento
Lançado ao vento
O conhecimento acumulado
Deve ser bem aplicado
Não adianta pular a fase
Se ainda não há uma base
E chega enfim a maturidade
Aliada à capacidade
É possível também moldar
Se, a algo que gosta, se doar
Aprofundar-se no assunto
Colocar todo aprendizado junto
Fugir do que seja idêntico
Inovar e ser autêntico
Significado
Há situações
Em que recebemos missões
E temos que resolver
Complexidades que ainda precisamos aprender
Fica aquele deserto
A certeza do incerto
Sensação de frustração
Confundindo-se na ação
Ali estamos jogados
Com conhecimentos fragmentados
Se um problema resolvemos
Outras partes do todo comprometemos?
E o preparo para os desafios?
Por que são quebrados os fios?
Por que o porquê está de lado?
Por que, no erro, procura-se um culpado?
O que tem sido feito?
Qual é o resultado?
Causa que efeito?
Qual é o significado?
Em que recebemos missões
E temos que resolver
Complexidades que ainda precisamos aprender
Fica aquele deserto
A certeza do incerto
Sensação de frustração
Confundindo-se na ação
Ali estamos jogados
Com conhecimentos fragmentados
Se um problema resolvemos
Outras partes do todo comprometemos?
E o preparo para os desafios?
Por que são quebrados os fios?
Por que o porquê está de lado?
Por que, no erro, procura-se um culpado?
O que tem sido feito?
Qual é o resultado?
Causa que efeito?
Qual é o significado?
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Oração
Peço perdão por não procurar uma solução
Quando podia controlar a situação
Pelas vezes que me omiti
E fingi que não vi
Peço perdão pelas oportunidades que perdi
Quando antes de começar, desisti
Pelas vezes que não fiz
Por preguiça de ser feliz
Peço perdão pelas vezes que julguei
E logo após condenei
Pessoas que nunca me fizeram mal
Como se eu fosse um deus imortal
Peço perdão por todo exagero
Por todo destempero
Pelas vezes que caí em desmando
E acabei desandando
Peço perdão pelas vezes que ofendi
Pelas vezes que excluí
Que depreciei alguém
E não enxerguei além
Peço perdão pelas vezes que olhei para dentro
E não olhei para o lado
Que me coloquei no centro
E não aceitei que estava errado
Peço perdão por absurdos que pensei
Por absurdos que falei
Por agir com incoerência
E poluir minha consciência
Peço perdão pela inveja que senti
Nas vezes que não me reconheci
Que abalei minha dignidade
Junto com minha identidade
Peço perdão por quando me desviei da verdade
E distorci a realidade
Confundindo o caminho certo
Com o caminho esperto
Peço perdão por deixar o medo me derrubar
Em momentos que era possível tentar
Pois as dificuldades superestimei
E, por fim, me subestimei
Peço perdão por erros que repetirei
E por outros que cometerei
Mas me dê amor para prosseguir
Me autoconhecer e evoluir
Quando podia controlar a situação
Pelas vezes que me omiti
E fingi que não vi
Peço perdão pelas oportunidades que perdi
Quando antes de começar, desisti
Pelas vezes que não fiz
Por preguiça de ser feliz
Peço perdão pelas vezes que julguei
E logo após condenei
Pessoas que nunca me fizeram mal
Como se eu fosse um deus imortal
Peço perdão por todo exagero
Por todo destempero
Pelas vezes que caí em desmando
E acabei desandando
Peço perdão pelas vezes que ofendi
Pelas vezes que excluí
Que depreciei alguém
E não enxerguei além
Peço perdão pelas vezes que olhei para dentro
E não olhei para o lado
Que me coloquei no centro
E não aceitei que estava errado
Peço perdão por absurdos que pensei
Por absurdos que falei
Por agir com incoerência
E poluir minha consciência
Peço perdão pela inveja que senti
Nas vezes que não me reconheci
Que abalei minha dignidade
Junto com minha identidade
Peço perdão por quando me desviei da verdade
E distorci a realidade
Confundindo o caminho certo
Com o caminho esperto
Peço perdão por deixar o medo me derrubar
Em momentos que era possível tentar
Pois as dificuldades superestimei
E, por fim, me subestimei
Peço perdão por erros que repetirei
E por outros que cometerei
Mas me dê amor para prosseguir
Me autoconhecer e evoluir
sábado, 11 de fevereiro de 2012
Conclusão
É importante a solidão
Se é necessário refletir
Pensar sobre cada ação
E o conceito de evoluir
A cabeça fica confusa
Por não saber a consequência
Cada ideia difusa
Cada conflito de consciência
Será que praticamos os dons?
Será que somos bons?
Será que descobrimos nossos talentos?
Será que estamos atentos?
A mudança nos experimenta
Até onde a capacidade sustenta
Como encaramos fragilidades?
Quais são nossas reais necessidades?
A acertada conclusão
É não confundir sonho com ilusão
Fugir do vício de se esconder
E ousar mais que se defender
Pois cada não que dizemos
Muitas vezes é para nós mesmos
Deixando o sonho passar lentamente
Por medo de dar um passo à frente
Se é necessário refletir
Pensar sobre cada ação
E o conceito de evoluir
A cabeça fica confusa
Por não saber a consequência
Cada ideia difusa
Cada conflito de consciência
Será que praticamos os dons?
Será que somos bons?
Será que descobrimos nossos talentos?
Será que estamos atentos?
A mudança nos experimenta
Até onde a capacidade sustenta
Como encaramos fragilidades?
Quais são nossas reais necessidades?
A acertada conclusão
É não confundir sonho com ilusão
Fugir do vício de se esconder
E ousar mais que se defender
Pois cada não que dizemos
Muitas vezes é para nós mesmos
Deixando o sonho passar lentamente
Por medo de dar um passo à frente
Obra
Do solo sair
Voar
O tesouro perseguir
Escavar
Sair do padrão
Sair da prisão
Procurar o atalho
A carta certa do baralho
Pensar com arte
Que de ideias se farte
Para ter a mesa posta
E escolher o que gosta
Após lutar pelo que deseja
A suada conquista festeja
E antes de desanimar
Outro sonho irá buscar
São os constantes ciclos
De quem não anda em círculos
De quem quer (se) transformar
E sua obra perpetuar
Voar
O tesouro perseguir
Escavar
Sair do padrão
Sair da prisão
Procurar o atalho
A carta certa do baralho
Pensar com arte
Que de ideias se farte
Para ter a mesa posta
E escolher o que gosta
Após lutar pelo que deseja
A suada conquista festeja
E antes de desanimar
Outro sonho irá buscar
São os constantes ciclos
De quem não anda em círculos
De quem quer (se) transformar
E sua obra perpetuar
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Termos
Campo extenso
Ou campo pequeno
Clima intenso
Ou clima ameno
Peso em grama
Ou peso em quilo
Em um drama
Ou tranquilo
Momento de paz
Ou momento turbulento
Ritmo voraz
Ou ritmo lento
Amável
Ou intragável
Inteligente
Ou incoerente
Acompanhado
Ou isolado
Presente
Ou ausente
Meios termos
Termos completos
Infinitos termos
Nem sempre seletos
Ou campo pequeno
Clima intenso
Ou clima ameno
Peso em grama
Ou peso em quilo
Em um drama
Ou tranquilo
Momento de paz
Ou momento turbulento
Ritmo voraz
Ou ritmo lento
Amável
Ou intragável
Inteligente
Ou incoerente
Acompanhado
Ou isolado
Presente
Ou ausente
Meios termos
Termos completos
Infinitos termos
Nem sempre seletos
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Autoflagelos
Sequência de eventos
Falta de intentos
Alegria deixada em um canto
Perda de encanto
Medo de agir
Deixar-se coagir
Tudo passa a deformar
Não sabe (se) amar
Com tudo certo
Sente-se perdido
Com tudo perto
Sente-se impedido
A vida mata a cada segundo
O fim é a fé do moribundo
Sentenciou a própria pena
E quem sentirá pena?
Nada mais o deixa extasiado
O olhar está anestesiado
Perdeu o senso criativo
E não procura mais motivo
Sonhos que não se realizam
Autoflagelos que agonizam
E de repente a prostração
Ergueu a própria prisão
Onde está a magnitude?
Toda força e atitude?
Para que parar?
E desistir de (se) encontrar?
Falta de intentos
Alegria deixada em um canto
Perda de encanto
Medo de agir
Deixar-se coagir
Tudo passa a deformar
Não sabe (se) amar
Com tudo certo
Sente-se perdido
Com tudo perto
Sente-se impedido
A vida mata a cada segundo
O fim é a fé do moribundo
Sentenciou a própria pena
E quem sentirá pena?
Nada mais o deixa extasiado
O olhar está anestesiado
Perdeu o senso criativo
E não procura mais motivo
Sonhos que não se realizam
Autoflagelos que agonizam
E de repente a prostração
Ergueu a própria prisão
Onde está a magnitude?
Toda força e atitude?
Para que parar?
E desistir de (se) encontrar?
Justiça
Hora de malhar o judas
Vozes acusando, vozes mudas
É necessário culpar alguém
Se algo não vai bem
E como lidar?
O que fazer para (se) ajudar?
Como entender o porquê?
Será que aquilo é só o que se vê?
Perde-se a chance de se defender
Por medo de se perder
Por medo de discutir o que atrapalha
Enfim, aceita-se a culpa pela falha
Como transformar sem traumatizar?
Onde se quer chegar, está em seu devido lugar?
Ou, então, como voltar tudo ao que era?
E amansar a fera?
Corre-se na busca de sentido
E argumentar parece proibido
Mantendo calada a mente escravizada
É difícil encontrar saída após a entrada
E então, o que é justiça?
Talvez seja o antônimo de preguiça
Preguiça de encontrar um bem comum
É mais fácil jogar a carga nas costas de um
Vozes acusando, vozes mudas
É necessário culpar alguém
Se algo não vai bem
E como lidar?
O que fazer para (se) ajudar?
Como entender o porquê?
Será que aquilo é só o que se vê?
Perde-se a chance de se defender
Por medo de se perder
Por medo de discutir o que atrapalha
Enfim, aceita-se a culpa pela falha
Como transformar sem traumatizar?
Onde se quer chegar, está em seu devido lugar?
Ou, então, como voltar tudo ao que era?
E amansar a fera?
Corre-se na busca de sentido
E argumentar parece proibido
Mantendo calada a mente escravizada
É difícil encontrar saída após a entrada
E então, o que é justiça?
Talvez seja o antônimo de preguiça
Preguiça de encontrar um bem comum
É mais fácil jogar a carga nas costas de um
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Balas Cruzadas
Com tantas balas cruzadas
Ficamos abatidos
Diversas versões noticiadas
Fatos controvertidos
Notícias que se repetem
Com personagens diferentes
Ideologias que não se refletem
Atos delinquentes
Tendencialismos
Falsos moralismos
Jogos de uma elite banal
E espectadores na área marginal
Quem vê sofre as consequências
De tantas más influências
Após dizer "Que absurdo"
Acaba se fazendo de surdo
Em quem acreditar?
Qual realidade editar?
Como proceder?
Como interceder?
São perguntas de difíceis respostas
As cabeças sobre a mesa estão postas
Consumidas lentamente
Indigestão (in)consciente
Mediante este sufoco
Sob um poder oco
Só nos resta o clamor
Por mais uma dose... de amor
Ficamos abatidos
Diversas versões noticiadas
Fatos controvertidos
Notícias que se repetem
Com personagens diferentes
Ideologias que não se refletem
Atos delinquentes
Tendencialismos
Falsos moralismos
Jogos de uma elite banal
E espectadores na área marginal
Quem vê sofre as consequências
De tantas más influências
Após dizer "Que absurdo"
Acaba se fazendo de surdo
Em quem acreditar?
Qual realidade editar?
Como proceder?
Como interceder?
São perguntas de difíceis respostas
As cabeças sobre a mesa estão postas
Consumidas lentamente
Indigestão (in)consciente
Mediante este sufoco
Sob um poder oco
Só nos resta o clamor
Por mais uma dose... de amor
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Perguntas
Acabou
Agora o novo começo
Deste tempo que passou
O que será que me esqueço
Quanta coisa aprendi
Do que me arrependi
Quantos segredos decifrei
Onde foi que errei
Quantas vezes amei
Quantas vezes blasfemei
Quantas vezes me senti leve
E quantas vezes numa bola de neve
Em que momento fui legal
Em que momento fui fatal
Em que momento fui generoso
Em que momento fui oneroso
Perguntas que não calam
Em minha cabeça falam
Em um sussurro constante
E ao mesmo tempo ecoante
Agora o novo começo
Deste tempo que passou
O que será que me esqueço
Quanta coisa aprendi
Do que me arrependi
Quantos segredos decifrei
Onde foi que errei
Quantas vezes amei
Quantas vezes blasfemei
Quantas vezes me senti leve
E quantas vezes numa bola de neve
Em que momento fui legal
Em que momento fui fatal
Em que momento fui generoso
Em que momento fui oneroso
Perguntas que não calam
Em minha cabeça falam
Em um sussurro constante
E ao mesmo tempo ecoante
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Não Deu Branco
Em meu carro branco
Dirigindo na Castelo Branco
Vejo um homem de branco
Pedindo ajuda porque deu branco
Não sabia ir para Rio Branco
Quando agradeceu a explicação, respondi "tá branco"
Era dia de voto e votei em branco
Pois quem manda nunca quer ficar em branco
Mas quem aguenta o tranco também não fica em branco
Trabalha com dignidade até o cabelo ficar branco
Paga INSS e sua aposentadoria é em branco
Quando vê o salário fica branco
Quando usa hospital público falta até jaleco branco
E isto nos envergonha de vermelho, não branco
Procurando uma alegria lembra do gol do Branco
Que o nosso Rei do Futebol é negro, não branco
Que o homem mais poderoso do mundo é negro, não branco
E isto nos traz um orgulho em preto e branco
Vermelho, amarelo
Verde, azul
E todas as cores do mundo
Paz
Dirigindo na Castelo Branco
Vejo um homem de branco
Pedindo ajuda porque deu branco
Não sabia ir para Rio Branco
Quando agradeceu a explicação, respondi "tá branco"
Era dia de voto e votei em branco
Pois quem manda nunca quer ficar em branco
Mas quem aguenta o tranco também não fica em branco
Trabalha com dignidade até o cabelo ficar branco
Paga INSS e sua aposentadoria é em branco
Quando vê o salário fica branco
Quando usa hospital público falta até jaleco branco
E isto nos envergonha de vermelho, não branco
Procurando uma alegria lembra do gol do Branco
Que o nosso Rei do Futebol é negro, não branco
Que o homem mais poderoso do mundo é negro, não branco
E isto nos traz um orgulho em preto e branco
Vermelho, amarelo
Verde, azul
E todas as cores do mundo
Paz
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Ah-Há
O que há
Excesso de ah
Cabeças concordando
Ninguém questionando
Enquanto um encosto
Cobra o imposto
A quem não deve nada
Cobrança que enfada
Há o sorriso do descompromisso
Do plácido ao omisso
Distintos indistintos
Coerentes extintos
Diga algo qualquer
Mas seja eloquente
Qualquer coisa que disser
Parecerá convincente
Mas, o que há
Excesso de ah
Cabeças concordando
Ninguém questionando
Excesso de ah
Cabeças concordando
Ninguém questionando
Enquanto um encosto
Cobra o imposto
A quem não deve nada
Cobrança que enfada
Há o sorriso do descompromisso
Do plácido ao omisso
Distintos indistintos
Coerentes extintos
Diga algo qualquer
Mas seja eloquente
Qualquer coisa que disser
Parecerá convincente
Mas, o que há
Excesso de ah
Cabeças concordando
Ninguém questionando
2012
2012 veio com um riso
À espera do paraíso
Ou do inferno
Numa tarde de inverno
O fim e o eterno
Preparar o terno
Para enfim deitar
Quando o momento chegar
Misticismos do ano
E o dia profano
Estabelecido pelo dinheiro
Assusta o mundo inteiro
E aí
Você está aí?
Um dia passou
Outro dia chegou
Deixa disso
Honra o seu compromisso
2012 acabou
2013 continuou
À espera do paraíso
Ou do inferno
Numa tarde de inverno
O fim e o eterno
Preparar o terno
Para enfim deitar
Quando o momento chegar
Misticismos do ano
E o dia profano
Estabelecido pelo dinheiro
Assusta o mundo inteiro
E aí
Você está aí?
Um dia passou
Outro dia chegou
Deixa disso
Honra o seu compromisso
2012 acabou
2013 continuou
Que
O que foi que eu criei
Busco algo que nem sei
Tenho planos e satisfação
Mas quero mudar a situação
Penso sob vários ângulos
Às vezes nem penso
Dúvidas em triângulos
Em sequência, intenso
E consequência, tenso
Inconsequência, lenço
Para enxugar as lágrimas
E virar as páginas
O porvir é o que provê
Quem está cego, quem vê
Nas profundezas do pensamento
O sol nasce irradiante e lento
O que está aqui
O que não está mais
O que foi por ali
E não volta jamais
O que você vê
Em que você crê
O que você lê
A que você se...
Busco algo que nem sei
Tenho planos e satisfação
Mas quero mudar a situação
Penso sob vários ângulos
Às vezes nem penso
Dúvidas em triângulos
Em sequência, intenso
E consequência, tenso
Inconsequência, lenço
Para enxugar as lágrimas
E virar as páginas
O porvir é o que provê
Quem está cego, quem vê
Nas profundezas do pensamento
O sol nasce irradiante e lento
O que está aqui
O que não está mais
O que foi por ali
E não volta jamais
O que você vê
Em que você crê
O que você lê
A que você se...
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Vôo
De tudo o que já se teve
O que se deteve?
Quais foram as trilhas?
E quantas foram as ilhas?
A mensagem inexata do céu
Ecoando, mas indecifrada
Nos traz o azedo ou o mel
A cada conduta realizada
O que podemos transformar
Em que podemos nos transformar
O que pode ser corrigido
O que pode ser evoluído
Confundindo a percepção
A um palmo da visão
O controverso, o incoerente
Com infinitos rumos na corrente
Somos filhotes do mesmo ovo
Com momentos de pombo
E momentos de corvo
Ponderando a altura do tombo
Voamos pelo céu luminoso
Enfrentamos céu cinzento
Desvendamos o duvidoso
Empurrados pelo vento
O que se deteve?
Quais foram as trilhas?
E quantas foram as ilhas?
A mensagem inexata do céu
Ecoando, mas indecifrada
Nos traz o azedo ou o mel
A cada conduta realizada
O que podemos transformar
Em que podemos nos transformar
O que pode ser corrigido
O que pode ser evoluído
Confundindo a percepção
A um palmo da visão
O controverso, o incoerente
Com infinitos rumos na corrente
Somos filhotes do mesmo ovo
Com momentos de pombo
E momentos de corvo
Ponderando a altura do tombo
Voamos pelo céu luminoso
Enfrentamos céu cinzento
Desvendamos o duvidoso
Empurrados pelo vento
domingo, 15 de janeiro de 2012
Sinergia
Encaixam-se as peças no tabuleiro
A harmonia brilha no letreiro
Para depois tudo se desfazer
E a palavra obscurecer
Quantas vezes pensamos
E dilemas enfrentamos
Na relação com o ambiente
Ponderando o conveniente
Balançando com a tristeza
Balanceando com as alegrias
Na procura pela clareza
Que ilumine nossos dias
Por que os limites são frágeis
Por que ficamos confusos
Por que os atritos são ágeis
Por que cometemos abusos
O percalço persiste
Mas a cabeça resiste
Nesta sinergia constante
Sempre firme e adiante
A harmonia brilha no letreiro
Para depois tudo se desfazer
E a palavra obscurecer
Quantas vezes pensamos
E dilemas enfrentamos
Na relação com o ambiente
Ponderando o conveniente
Balançando com a tristeza
Balanceando com as alegrias
Na procura pela clareza
Que ilumine nossos dias
Por que os limites são frágeis
Por que ficamos confusos
Por que os atritos são ágeis
Por que cometemos abusos
O percalço persiste
Mas a cabeça resiste
Nesta sinergia constante
Sempre firme e adiante
sábado, 14 de janeiro de 2012
Erro
Tudo parece um sacrifício
Como escalar um edifício
Enxergando uma careta
Escondendo-se numa gaveta
Com zero porcento de exatidão
E zero porcento de erro
Remói-se em vão
E padece em desterro
A caravana passa silenciosa
Com um aceno de pesar
Pela vida receosa
Que começa a pesar
O que de fato vale a pena?
Quanto vale esta pena?
Por quanto tempo se amarrar?
Inibir-se e não criar?
O mundo pede inovação
Medo do erro é castração
O avanço só existe no ousar
Produzir desfazendo o duvidar
Como escalar um edifício
Enxergando uma careta
Escondendo-se numa gaveta
Com zero porcento de exatidão
E zero porcento de erro
Remói-se em vão
E padece em desterro
A caravana passa silenciosa
Com um aceno de pesar
Pela vida receosa
Que começa a pesar
O que de fato vale a pena?
Quanto vale esta pena?
Por quanto tempo se amarrar?
Inibir-se e não criar?
O mundo pede inovação
Medo do erro é castração
O avanço só existe no ousar
Produzir desfazendo o duvidar
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Profecias
O que deixar como contribuição
Como acalentar um coração
Num lapso, ao olhar para o lado
Alguém pede socorro em brado
Ecoando e tremendo o solo
O planeta pede colo
Esperando desesperado uma mão
E o balbuciar da palavra irmão
Movimentos que se chocam
Pensamentos que evocam
Uma realidade esquizofrênica
Em uma estrutura anêmica
Onde iremos parar?
O que fazemos em nosso lar?
Mentalidade imperecível nos perece
E a loucura prevalece
Feridas não cicatrizadas
O bem e o mal de mãos dadas
Entrecortando vias
Mitificando profecias
O tic-tac do relógio segue
A contagem regressiva persegue
O que houve, há ou haverá
Da nossa história, o que ficará
Como acalentar um coração
Num lapso, ao olhar para o lado
Alguém pede socorro em brado
Ecoando e tremendo o solo
O planeta pede colo
Esperando desesperado uma mão
E o balbuciar da palavra irmão
Movimentos que se chocam
Pensamentos que evocam
Uma realidade esquizofrênica
Em uma estrutura anêmica
Onde iremos parar?
O que fazemos em nosso lar?
Mentalidade imperecível nos perece
E a loucura prevalece
Feridas não cicatrizadas
O bem e o mal de mãos dadas
Entrecortando vias
Mitificando profecias
O tic-tac do relógio segue
A contagem regressiva persegue
O que houve, há ou haverá
Da nossa história, o que ficará
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Filhos e Filhas
Não é de hoje
Que existe o pormenor
Não é de hoje
Que não sei isso de cor
Tudo anda
Tudo transforma
Algo desanda
Algo deforma
O mar de calmaria enfurece
O filho pródigo ao pai desobedece
Repetindo a profecia de outro tempo
E sua vida caminha com o vento
E de repente a calma volta
O mar extingue sua revolta
O filho à casa torna
E seu espírito enfim adorna
Tempos difíceis de passar
A luta contra si para bons filhos formar
Desejando sucesso e felicidade
E temendo a cidade
Esta é a aventura das famílias
Das famílias que perseveram
Pois os filhos e filhas
Logo logo, o mundo lideram
Que existe o pormenor
Não é de hoje
Que não sei isso de cor
Tudo anda
Tudo transforma
Algo desanda
Algo deforma
O mar de calmaria enfurece
O filho pródigo ao pai desobedece
Repetindo a profecia de outro tempo
E sua vida caminha com o vento
E de repente a calma volta
O mar extingue sua revolta
O filho à casa torna
E seu espírito enfim adorna
Tempos difíceis de passar
A luta contra si para bons filhos formar
Desejando sucesso e felicidade
E temendo a cidade
Esta é a aventura das famílias
Das famílias que perseveram
Pois os filhos e filhas
Logo logo, o mundo lideram
domingo, 8 de janeiro de 2012
Confrontos
Grandes pensadores estão clamando
Como profetas pós modernos
Que o planeta está gritando
E que não somos eternos
A política mundial
Em prol da paz total
Tem o nobre dever
De baixar o ter e valorizar o ser
Nossos meios de comunicação
Pelo compromisso com a informação
Possuem a finalidade
De buscar a verdade
As grandes corporações
Devem repensar suas ações
Cuidar melhor da natureza
Que é nossa grande riqueza
E nós cidadãos
Consumirmos com prudência
Pois isto é consciência
A cura está em nossas mãos
Embora pareçam discursos prontos
Estas rimas são frutos de confrontos
É necessário desconstruir os mitos
Buscar lisura ao passar por atritos
Pois convencer
É mais valioso que vencer
E agregar
Não permite anular
Como profetas pós modernos
Que o planeta está gritando
E que não somos eternos
A política mundial
Em prol da paz total
Tem o nobre dever
De baixar o ter e valorizar o ser
Nossos meios de comunicação
Pelo compromisso com a informação
Possuem a finalidade
De buscar a verdade
As grandes corporações
Devem repensar suas ações
Cuidar melhor da natureza
Que é nossa grande riqueza
E nós cidadãos
Consumirmos com prudência
Pois isto é consciência
A cura está em nossas mãos
Embora pareçam discursos prontos
Estas rimas são frutos de confrontos
É necessário desconstruir os mitos
Buscar lisura ao passar por atritos
Pois convencer
É mais valioso que vencer
E agregar
Não permite anular
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Explosivo
Andando calado
Dali para outro lado
Uma nuvem negra sobre a cabeça
Que faz com que o sangue eferveça
Traz afoito o pensamento
Sem pensar ao se expressar
E todo este aborrecimento
Faz o ambiente infectar
Não se coloca no lugar da pessoa
Com a atitude que magoa
Enquanto os outros se afastam
Seus recursos se desgastam
Prefere ser explosivo
Não sabe o que é ser assertivo
Como pode agir assim?
E espera ter que fim?
Em vez de empatia, antipatia
Em vez de tolerância, arrogância
Se deseja ter respeito
Não conseguirá deste jeito
Quem é você?
Como você se vê?
Quem é você?
Como você se vê?
Dali para outro lado
Uma nuvem negra sobre a cabeça
Que faz com que o sangue eferveça
Traz afoito o pensamento
Sem pensar ao se expressar
E todo este aborrecimento
Faz o ambiente infectar
Não se coloca no lugar da pessoa
Com a atitude que magoa
Enquanto os outros se afastam
Seus recursos se desgastam
Prefere ser explosivo
Não sabe o que é ser assertivo
Como pode agir assim?
E espera ter que fim?
Em vez de empatia, antipatia
Em vez de tolerância, arrogância
Se deseja ter respeito
Não conseguirá deste jeito
Quem é você?
Como você se vê?
Quem é você?
Como você se vê?
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Saudável Prazer
Compenetrado em pensamentos
Despertando os sentimentos
Uma rampa no fim da planície
Brotada do incônscio à superfície
Traz à tona toda a história
O momento em que o rumo mudou
A pergunta sobre o que é a glória
E até hoje, o que ficou
A essência de outrora
Na contramão do trajeto até agora
Volta à tona de repente
E ocupa coração e mente
Momento eterno de evoluir
Nas obras paradas, voltar a construir
Endireitar as veredas
Recusar uvas azedas
O atalho é a simplicidade
Ser feliz com responsabilidade
E dias produtivos viver
Em nome do saudável prazer
Despertando os sentimentos
Uma rampa no fim da planície
Brotada do incônscio à superfície
Traz à tona toda a história
O momento em que o rumo mudou
A pergunta sobre o que é a glória
E até hoje, o que ficou
A essência de outrora
Na contramão do trajeto até agora
Volta à tona de repente
E ocupa coração e mente
Momento eterno de evoluir
Nas obras paradas, voltar a construir
Endireitar as veredas
Recusar uvas azedas
O atalho é a simplicidade
Ser feliz com responsabilidade
E dias produtivos viver
Em nome do saudável prazer
Chance Cuspida
Compulsão
Resignação
Deixar para outra hora
Não se resguardar no agora
Descomprometimento
Desengajamento
Irresponsabilidade
Leviandade
Falta de vontade
Renegar a própria humanidade
Ficar de bobeira
Pensando e fazendo asneira
Falta de planejamento
Viver como o último, cada momento
Trazer tudo ao bel egoísmo
Falar bonito e agir com antagonismo
Assim, tudo desgasta
Toda a riqueza gasta
E após cada chance cuspida
Ainda culpa a vida
Resignação
Deixar para outra hora
Não se resguardar no agora
Descomprometimento
Desengajamento
Irresponsabilidade
Leviandade
Falta de vontade
Renegar a própria humanidade
Ficar de bobeira
Pensando e fazendo asneira
Falta de planejamento
Viver como o último, cada momento
Trazer tudo ao bel egoísmo
Falar bonito e agir com antagonismo
Assim, tudo desgasta
Toda a riqueza gasta
E após cada chance cuspida
Ainda culpa a vida
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Poeta
Palavras escritas como arte
Completam o todo como maior parte
E mostram o que de fato é prazer
A grande virtude de escrever
Rimas que afugentam o estresse
Feitas como se fossem prece
Na busca constante da verdade
E como preparação à adversidade
Momento de alinhamento com o mundo
Refletindo a alma a fundo
Ciente de nossa limitação
Buscando o sim, o talvez, o não
Escritas no ritmo do ser
Para boas conclusões obter
As palavras são a fonte mais linda
E sua riqueza não finda
Poeta ser
Poeta aprender
Poeta viver
E do resto, sobreviver
Completam o todo como maior parte
E mostram o que de fato é prazer
A grande virtude de escrever
Rimas que afugentam o estresse
Feitas como se fossem prece
Na busca constante da verdade
E como preparação à adversidade
Momento de alinhamento com o mundo
Refletindo a alma a fundo
Ciente de nossa limitação
Buscando o sim, o talvez, o não
Escritas no ritmo do ser
Para boas conclusões obter
As palavras são a fonte mais linda
E sua riqueza não finda
Poeta ser
Poeta aprender
Poeta viver
E do resto, sobreviver
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Eu
O que tanto incomoda
Sentir-se fora de moda
Crer que os fatos são incompatíveis
E não é possível atingir outros níveis
Com as voltas que as coisas dão
É impossível dizer que não
É importante manter a chama
Para cada missão que chama
Construir a base forte
Para ir desvendando a altura do norte
Atento ao que está perto e além
Sem menosprezar o quê ou quem
Absorvendo as energias
Eliminando a arrogância
Expelindo as alergias
Da mentalidade de dominância
Segue infinita a busca do eu
Feixes luminosos vindos do breu
Edificando em terra firme
A cada manhã, tarde e noite sublime
Sentir-se fora de moda
Crer que os fatos são incompatíveis
E não é possível atingir outros níveis
Com as voltas que as coisas dão
É impossível dizer que não
É importante manter a chama
Para cada missão que chama
Construir a base forte
Para ir desvendando a altura do norte
Atento ao que está perto e além
Sem menosprezar o quê ou quem
Absorvendo as energias
Eliminando a arrogância
Expelindo as alergias
Da mentalidade de dominância
Segue infinita a busca do eu
Feixes luminosos vindos do breu
Edificando em terra firme
A cada manhã, tarde e noite sublime
domingo, 1 de janeiro de 2012
Fugacidade
Chegou a hora de fazer
Não deixar nada interceder
Mais uma daquelas situações
Que botam em cheque as ações
Por que hesitar tanto
Vai esperar quanto
Para reformar o caminho
Em que trocou sementes por espinho
Aquilo que está escondido
Que ronda num silencioso pedido
Sempre deixado de lado
Por crer que não pode ser alcançado
Persistente imaturidade
Permanecerá até qual idade
Até quando não conseguirá reconhecer
Cada vida de cada amanhecer
Caminhando pela beira da estrada
Olhando o verde multicolorido
Deixe um pouco de lado a escalada
Do percurso quase sempre repetido
Chegando à beira do mar
Tirando fotografias com a câmera do olhar
Há o horizonte irradiante da natureza
Com todos os elementos de sua beleza
Sinta-se à vontade, sinta-se em paz
Porque o sentir é a síntese do que se faz
Deixe a água molhar, o sol esquentar
E se deixe merecidamente orgulhar
Há fontes de felicidade
Que estão bem ao redor
Não permita à fugacidade
Impedir que as sinta de cor
Não deixar nada interceder
Mais uma daquelas situações
Que botam em cheque as ações
Por que hesitar tanto
Vai esperar quanto
Para reformar o caminho
Em que trocou sementes por espinho
Aquilo que está escondido
Que ronda num silencioso pedido
Sempre deixado de lado
Por crer que não pode ser alcançado
Persistente imaturidade
Permanecerá até qual idade
Até quando não conseguirá reconhecer
Cada vida de cada amanhecer
Caminhando pela beira da estrada
Olhando o verde multicolorido
Deixe um pouco de lado a escalada
Do percurso quase sempre repetido
Chegando à beira do mar
Tirando fotografias com a câmera do olhar
Há o horizonte irradiante da natureza
Com todos os elementos de sua beleza
Sinta-se à vontade, sinta-se em paz
Porque o sentir é a síntese do que se faz
Deixe a água molhar, o sol esquentar
E se deixe merecidamente orgulhar
Há fontes de felicidade
Que estão bem ao redor
Não permita à fugacidade
Impedir que as sinta de cor
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