Vento que bate forte
Cabelos que perdem a forma
Pessoas procurando o norte
Não querendo fugir à norma
Olhos semiabertos
Protegendo-se dos detritos
Temores secretos
Pensamentos aflitos
Roupas que flamulam
Testas que franzem
Rostos que formulam
Um futuro que não tangem
Um passo de cada vez
Em meio à ventania
Nas calçadas que talvez
Sejam cenários de agonia
Com algo urgente a fazer
Tendo alguém a obedecer
Seguindo o modelo hierárquico
Pensamento anárquico
Vontade de soprar o vento
Para que leve todo excremento
De uma mentalidade totalitária
De uma regra arbitrária
Sair deste chão
Voar como avião
Desfazendo as amarras
Decepando estas garras
Vento que bate contra
E que sempre nos encontra
Hoje quero jogar-te para longe
E viver como um monge
O trabalho Reflexões Refletidas de Fabrício Olmo Aride foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada. |
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