Licença Creative Commons O trabalho Reflexões Refletidas de Fabrício Olmo Aride foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Tô de volta

Tô de volta, amigos
Agradeço por ficarem ao me lado
Não serão esquecidos
Pelo auxílio no fardo

O que é o merecimento
Enquanto erguem-se tijolos e cimento?
Não tenho a resposta
A mão, o meio, a direção oposta

O que esperam de mim?
É a dúvida que enfim
Espero sanar
Espero ter encontrado meu lugar

Estou cansado do que já vi
Preciso de um lugar legal
Para continuar a evoluir
O equilíbrio entre o físico e o mental

Tô de volta, amigos
Após um difícil momento
Passaram-se sentimentos ambíguos
Medo do esquecimento

Na completa mudez
Na luta contra mim
Buscando a nitidez
Em probabilidades sem fim

E continua a vida
Uma nova lida
Reencontro-me com a rotina
Que, desta vez, seja feliz a sina

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Voceu

Aquele momento
Que passa o tempo
Mas a vida parou
Um caminhão por cima passou

As contradições tomam conta
Perde-se na conta
Parece que chegou o final
Sente-se sucumbido pelo mal

Sem direção
Uma parede se ergue
Com dificuldade de ação
Algo enfraquece e persegue

E voceu se fixa em problemas externos
Quando, na real, são internos
Não deseje a ajuda de ninguém
Há vezes que só voceu pode trazer seu bem

Todo mundo tem problemas
Dilemas
Voceu não precisa de autopiedade
Se for verdadeira, siga sua verdade

Seu sucesso é sua luta
Seu fracasso é sua culpa
Voceu sabe o que fazer
Acredite em voceu

Com amor, vontade e dedicação
Só voceu cria sua situação
Força, homem!
Fantasmas não lhe consomem

Não tenha medo
Não tem segredo
Continue seguindo
E sorrindo

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Mais um dia

Observando em volta
Mais um dia calmo
Carros no vai e volta
Na igreja é rezado um salmo

As brisas noturnas começam a bater
Barulho da cidade longe, das folhas perto
As árvores não param de se mexer
Presente voando, futuro incerto

É o relógio da vida que não descansa
O corpo se move, a mente dança
É uma grande paz ver as estrelas e a lua
Luzes de morros e prédios, solidão crua

Elucubrando o que virá a acontecer
Enquanto a vida continua a correr
Reparando no que antes não reparava
Dando um tempo da mentalidade escrava

Na vizinhança, um cão extravasa
Mandam-lhe calar a boca
Mais um dia que vaza
Marcando toca

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Que bom seria

Que bom seria
Conviver com pessoas que gostamos
Estar sempre com pessoas que amamos
Cuja distância nunca separaria

A vida corre freneticamente
Sem tempo para que se oriente
Solidão conectada em rede
Não mata a fome, não mata a sede

Tudo exposto
Muita informação
A verdade muda de rosto
Em estado de calefação

Hoje já nem lembro de ontem
Talvez tenha sido anteontem
Dados embaralhando
Da mente desconectando

sábado, 3 de janeiro de 2015

É Brasil

É Brasil, futebol, samba
Terra do bambo, terra do bamba
Cachaça, cerveja, paixão nacional
País sem igual

Mentalidade promíscua e corrupta
Que torna vã qualquer luta
Sempre há um pretexto para a alma vender
O Redentor abre os braços para se render

Sensualidade e beleza natural
Diversidade cultural
Posição geográfica e riquezas invejáveis
Educação, saúde, saneamento, moradia deploráveis

Multiplicidade de raças
Tristeza se não ergue a taça
Dificuldade para sobreviver
Sonho que não deixa morrer

Amor e ódio
Religião e ópio
E quando o orgulho de ser brasileiro ameaça acabar
É só ouvir o hino, para em choro convulsivo desabar