É dia de festa
E você tomando todas
Alegria é o que te resta
A realidade que se exploda
Sempre que o garçom passa
O que servir você traça
Festa é pra festejar
O negócio é animar
As horas passam, então
O copo grudou na sua mão
Tá bancando o equilibrista
Para não cair na pista
É a mardita da cachaça
Alguém te esbarra sem querer
Oh, meu Deus, fazer o quê
Você perde a razão, ira, alucinação
E começa a confusão
Você começa a xingar
A patroa que quer te afastar
Logo ela que te aguenta
Tá corajoso e agora enfrenta
De repente olha em volta
Ninguém entende tua revolta
Achou que tava sendo macho
Acabou com cara de tacho
É a mardita da cachaça
A cerveja sobre o bolo
Para completar o rolo
Vai pra casa de carona
Mas vomita bem na lona
E no dia seguinte
Acorda ao meio dia e vinte
Olha no espelho, murcho, derrotado
Detonado, humilhado, envergonhado, atropelado
Pela mardita da cachaça
A mardita da cachaça
Ninguém anotou a placa
Do caminhão pipa de cachaça...
O trabalho Reflexões Refletidas de Fabrício Olmo Aride foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada. |
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Dá um tempo
Nuvem escura
Ferida sem atadura
Cegueira
Perdeu a estribeira
Dá um tempo
Perdeu a calma
Perdeu-se da alma
Levado por vícios
Deixando vestígios
Dá um tempo
Entregue à loucura
Não se entrega à cura
Não consegue acertar
Afogando-se nesse mar
Dá um tempo
Só olha para o chão
Não ergue aos céus a mão
Perdeu o bom senso
Enxugue as lágrimas no lenço
E dá um tempo
Dá um tempo
Dá um tempo
Tempo ao tempo
Ferida sem atadura
Cegueira
Perdeu a estribeira
Dá um tempo
Perdeu a calma
Perdeu-se da alma
Levado por vícios
Deixando vestígios
Dá um tempo
Entregue à loucura
Não se entrega à cura
Não consegue acertar
Afogando-se nesse mar
Dá um tempo
Só olha para o chão
Não ergue aos céus a mão
Perdeu o bom senso
Enxugue as lágrimas no lenço
E dá um tempo
Dá um tempo
Dá um tempo
Tempo ao tempo
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Os dois lados da moeda
É velho ou novo?
Depende do ponto de vista
Novo, novo, novo
Novidades a perder de vista
Sociedade com novos estigmas
Quebrando paradigmas
Buscando a supremacia
Com uma dose de anarquia
Aprendizado, joga fora
Ou deixa para outra hora
Agora, tudo é novo
Quem nasceu antes? A galinha ou o ovo?
Tudo é presente
O passado tem que ser ausente
Será?
Qual é a muda boa, qual é a má?
O melhor, melhor
Saber isso de cor
Esqueça as lições de outrora
Ou vai ficar por fora
Qual é o termo?
Acabou o meio-termo?
Os anos se vão
Aprendizados em vão
Sou bom nisso
Mas não estou atualizado naquilo
Difícil acompanhar
Difícil assimilar
Dois lados da moeda
Que deviam unir-se para evitar queda
Buscar o colaborativo ambiente
E não entender-se como onisciente
Depende do ponto de vista
Novo, novo, novo
Novidades a perder de vista
Sociedade com novos estigmas
Quebrando paradigmas
Buscando a supremacia
Com uma dose de anarquia
Aprendizado, joga fora
Ou deixa para outra hora
Agora, tudo é novo
Quem nasceu antes? A galinha ou o ovo?
Tudo é presente
O passado tem que ser ausente
Será?
Qual é a muda boa, qual é a má?
O melhor, melhor
Saber isso de cor
Esqueça as lições de outrora
Ou vai ficar por fora
Qual é o termo?
Acabou o meio-termo?
Os anos se vão
Aprendizados em vão
Sou bom nisso
Mas não estou atualizado naquilo
Difícil acompanhar
Difícil assimilar
Dois lados da moeda
Que deviam unir-se para evitar queda
Buscar o colaborativo ambiente
E não entender-se como onisciente
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
Verdade
A verdade anda por aí
Mas há aqueles que fogem dela
Para não cair, se sobressair
Aprisionando-a numa cela
E eis que ela escapa
E deixa a cela aberta
O livro sujo está sem capa
Estado de alerta
Pode demorar anos
Com tantos enganos
Mas quando aparece
Desavergonhados fazem prece
Para não se encontrar com ela
Pois ela os procurará
E os encarcerará
Naquela mesma cela
Mas há aqueles que fogem dela
Para não cair, se sobressair
Aprisionando-a numa cela
E eis que ela escapa
E deixa a cela aberta
O livro sujo está sem capa
Estado de alerta
Pode demorar anos
Com tantos enganos
Mas quando aparece
Desavergonhados fazem prece
Para não se encontrar com ela
Pois ela os procurará
E os encarcerará
Naquela mesma cela
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