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sábado, 28 de abril de 2012

Qual é a sua?

Qual é a sua?
Falta um pé no par
A camisa sua
Mas não encontra o seu lugar

Qual é a sua?
Observando outras vidas
Não recua
Mas lamenta as feridas

Qual é a sua?
Sente-se deslocado
Mas não precisou ir à lua
Para entender o recado

Qual é a sua?
Se entendeu o recado
A verdade está nua
Mas não lhe deixa excitado

Qual é a sua?
Onde está a sua lua?
Qual é o seu adjetivo?
Qual é o seu substantivo?

domingo, 22 de abril de 2012

Feito?

Feito
Ficou direito?
Meta alcançada?
Ou entrou numa roubada?

Com tanta demanda
A sorte é quem manda
O que o conhecimento permite
É o resultado que emite

Se algo faltou
Como soou?
O filme foi queimado?
Ou há pouco a ser reparado?

Dedicou-se o necessário?
Ou autoconfiante, foi arbitrário?
Escutou os avisos?
Ou acabou em improvisos?

Foi longo o prazo?
Ou foi raso?
Procurou auxílio?
Ou preferiu o exílio?

Há vezes que o tempo é lento
Há vezes que o tempo é veloz
Quando não se está atento
Torna-se seu próprio algoz

sábado, 21 de abril de 2012

Até o Fim

Parece um oceano
Parece nunca terminar
Luta para não haver dano
E não morrer no mar

Continua na ação
Resignada subordinação
Àquilo que tanto ocupa
E também preocupa

Hora de ir até o fim
Pois buscou estar assim
É só um pequeno sofrimento
Missão cumprida será o alento

Se aguentou até agora
Não é momento de ir embora
Sair do rumo na reta final
Seria um desastroso mal

Falta pouco para a vitória
Virar esta página com glória
Depois será só uma boa recordação
De quem não foi vencido pela inanição


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Palavra Mágica

De repente a escuridão
Toma conta da situação
É difícil achar saída
Na dificuldade concebida

Em 360 graus girando
E no mesmo chavão parando
A carroça para de andar
E tudo começa a desandar

Tudo em que encosta
Não muda
Não escuta a resposta
Da mente muda

É a fase complicada
Onde o acerto é igual a nada
O ganho se torna gasto
E o vivo se torna nefasto

Nesta fase não há tática
Para recuperar o que se perdeu
Mas existe uma palavra mágica
Fudeu

E agora?

O tempo acabou
O que passou, passou
É chegada a hora
E agora?

Passou o tempo
Com algum contratempo
Equivocada previsão
E então?

O que devia estar feito
Ainda está por fazer
E pensa em seu leito
Irão compreender?

O desespero toma conta
Perdeu-se na conta
O portão se encerra
Por que tanto erra?

Sentindo-se perdido
Pelo tempo decorrido
Agora quer correr atrás
E fugir de influências más?

Influências de quem?
Influências do quê?
Não encontrando o porém
Agora amarga o se

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Fazer

Começar
Como é complicado
Aplicar
O conhecimento acumulado

Ideias que vagueiam
Muitas vezes desnorteiam
O foco não pode ser perdido
E o resultado tem que ser atingido

É difícil organizar
É difícil se organizar
Mas se nesta situação estamos
É porque a ela procuramos

Não adianta sair pela tangente
Pois assim para si mente
É um período de privação
Não é uma prisão, mas uma lição

É hora de fazer
E do resto esquecer
Honrar o compromisso
Derrotado é o ser omisso

E um trabalho bem feito
Causará o efeito
Da vitória de quem persistiu
Encarou de frente e não desistiu


terça-feira, 17 de abril de 2012

Pilares

Eis os que se denominam
Os verdadeiros pilares
Acreditam que dominam
E que estão nos altares

Fazem questão
De refazer a mesma lição
No mesmo rumo diário
Não precisam nem de diário

Satisfeitos com a mesmice
Exalando caretice
Reclamando das questões
Que se repetem há gerações

Julgam-se mais necessários
Com comentários desnecessários
Fazem questão de ali ficar
Crendo que a Terra parou de girar

Estes são os pilares
Parados nos mesmos lugares
Mas se um dia a estrutura ruir
Sobre a soberba irá cair

Empurra

Inchou, sobrou
Tem que cortar
Começou o show
Empurra daqui, empurra de lá

Para alguém irá sobrar
Não adianta chorar
Vão atacar para se defender
Ou dignamente esperar acontecer

Ou procurar alternativa
Mantendo a rede ativa
Abrangendo os horizontes
Escalando outros montes

Segue o jogo de empurra
Em uma coletiva loucura
Levados pelo desespero
Ao infame exagero

E finalmente alguém cai
Mais uma esperança se vai
É necessário reagir
Cair não significa sucumbir

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Bajulação

Na frente elogios
Pelas costas maldizer
Estes são desvios
Que atacam o ser

Comportando-se como amigo
Talvez seja um perigoso inimigo
Ou somente alguém carente
Que para si próprio mente

Se não consegue jogar em outro a culpa
Por fim pede desculpa
Depois se diz injustiçado
Faz-se de coitado

Pode possuir um ar inocente
E agir como serpente
Adora uma competição
Coloca-se acima na comparação

Todo o mal que faz
Nunca é por mal
Muita confusão traz
E o resultado pode ser fatal

Fazendo-se de sonso
Deixa todo mundo zonzo
Onde quer chegar?
Algum plano quer realizar?

Quem percebe tenta entender
O que dali pode estender
Será que existe alguma intenção?
Ou é só uma gratuita bajulação?

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Barco

Ouviu
Respondeu
Discutiu
Estremeceu

(Não) Pensou
Se levantou
Não se despediu
Saiu

Enraiveceu
Se escafedeu
Ideia torta
Fechou a porta

Passaram as horas
Pensou nos foras
Arrependimento
Pelo mau momento

(Não) É um marco
Caiu do barco
Foi levado pelo mar
Por não saber nadar

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Espera

Espera
Provoca atitude sincera
Impaciência para chegar a vez
Cada minuto parece um mês

Fila
Para muitos, o humor aniquila
Caminhando a passos de formiga
A ira é a força inimiga

Impaciente paciência
Caminha enquanto espera
A fila sempre será imensa
E a espera, tensa, intensa

Confrontando a ciência
Resistência à desistência
Os segundos seguem além
E tudo parece aquém

Paciência
Ciência
Vez
Talvez

sábado, 7 de abril de 2012

"Amigos"

Festa de "amigos"
Que não conhecemos
Olhando para seus umbigos
E que não compreendemos

O que conversamos
Reunidos neste local?
Em nada nos identificamos
É preciso uma pá de cal

Para encobrir a evidência
De que é só conveniência
É só um contato forçado
Onde nada é celebrado

Não quero ficar mais
Ir embora é minha ânsia
E me faz sentir demais
Saudades da infância

Onde amigos existiam
Sem nenhuma cerimônia
Esperanças persistiam
E não havia esta insônia

Mas

Turbulento
Turbo
Lento

Antigamente
Antiga
Mente

Antipatia
Anti
Patia

Condescendente
Com
Descendente

Autoria
Autor
Ia

Felicidade
Feliz
Cidade

Fidelidade
Fidel
Idade

Parlamentar
Pra
Lamentar

Mas está errado!
Sim, está errado.
Muito errado...

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Queimação

Cuidado com o que vai falar
Cuidado para não se queimar
Pois se não se fizer entender
Antipatia irá trazer

Essa é a sociedade da etiqueta
Que procura esconder a faceta
Para manter as boas relações
Em nome das ocasiões

Sapos são engolidos
E ninguém dá ouvidos
Para palavras diferentes
Eis a era dos reticentes

Pelo lado esquerdo, não caminhe
Pois por ali não está direito
Para que tudo se alinhe
O que é dito tem que ser feito

A individualidade
Sofre com a castidade
Em nome do não ser
Para o medíocre sobreviver

Missão

Nasci com a missão
De fazer a lição
Realizar tarefas à risca
Pois bobo é quem se arrisca

Cresci impelido pelo medo
Pois a verdade deve ser um segredo
Não devemos ser reais
E nos demonstrarmos reles mortais

Reproduzi pensando que era o certo
Mesmo com o bem estar incerto
E acabei vendo o quanto é difícil
Para questionar, não há artifício

Depois de um tempo sem escrever
Depois de um tempo sem compreender
Resolvi deixar de escolher pensamentos
Resolvi descrever momentos

Nasci
Cresci
Reproduzi
E daí?

Espelho

Espelho
Não me deixe vermelho
Pois devedor me sinto
E para mim mesmo minto

Quando lhe encaro
Custa-me caro
Ver o resultado
Do que foi alcançado

Espelho
Não existe mais conselho
Para mudar o rumo
Neste inexplicável resumo

As respostas flutuam
Os atores atuam
E o vazio transborda
Enquanto rompe-se a corda

Rotina chata
Rotina que achata
A mesma repetição
Denominada missão

Mas ainda estou aqui
Depois posso estar ali
E neste ir e vir
Há outros eus para refletir