Licença Creative Commons O trabalho Reflexões Refletidas de Fabrício Olmo Aride foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Apostas

Diferenças de discurso
Ideias divergentes
Diferenças de percurso
Poucos pontos convergentes

Como chegar a uma decisão
Com lados opostos da razão?
Como chegar a um senso comum
Com uma verdade para cada um?

É complicado o relacionamento humano
Muitas vezes caímos em desengano
E com nosso prejulgamento
Torna-se penoso o entendimento

Diferenças de conhecimento...
Vivência...
Discernimento...
Experiência

Como juntar tudo isso
Em prol de um mesmo compromisso?
Em que persistir?
Do que desistir?

Respostas difíceis
Para uns, inconcebíveis
Para outros, inteligentes
Consistentes? Ou negligentes?

Quando há pontos subjetivos
Para os mesmos objetivos
Não existem respostas
Existem apostas

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Simplicidade

Para que complicar?
Quer se mostrar inteligente?
Algo estranho no ar
Nunca está bom o suficiente

Excessivamente inventivo
Nada produtivo
Dando voltas no universo
Um tanto controverso

Se precisa fazer uma bola
Pega um quadrado
Muda de lado
E cola

Pega um triângulo
Gira em outro ângulo
Cola no quadrado
E o trapézio é acionado

Coloca o trapézio à direita
Amassa tudo, faz uma bola
Está quase pronta a receita
Só falta jogar fora

Se é simples o exercício
Por que torná-lo difícil?
Saudades da simplicidade
Que rima com facilidade

E felicidade

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Descontrole

Feroz discussão
Como um tiro no coração
Tanta animosidade
Sem finalidade

Somente o fim
Parece enterrar
A semente, enfim
Que não irá brotar

Ficará ali, sufocada
Sem conseguir emergir
Pequena e dilacerada
Na prisão do existir

O ódio se torna mágoa
Tanta lágrima deságua
Em um rio calado
Refletindo um ser enfadado

Que queria ter controle
E acabou em descontrole
Pois a falta de mansidão
Só lhe trouxe solidão

Valorizemos quem nos ama
Não matemos nossa alma com ira
Pois a cada ato que inflama
Nos posicionamos na alça da mira

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Renascer

Aquela sensação
De que tudo parou
Inibindo a ação
Quando tudo mudou

Acumulando frustrações
Pelas próprias inanições
Assim segue a caminhar
Parando no mesmo lugar

São exatos os motivos
Que produzem mortos-vivos
Quando o que deve ser feito agora
Acaba deixado para outra hora

E esta hora vai passando
Os erros seguem acumulando
A coragem vai sendo perdida
Abre cada vez mais a ferida

É necessário respirar
É necessário encarar
É necessário se convencer
Para, enfim, renascer

domingo, 18 de novembro de 2012

Estudar

Estudar, perseverar
Necessidade, oportunidade
Provação, privação
Confinamento, refinamento

Ler, escrever
Pensar, meditar
Fazer, refazer
Respirar, focar

Quebra-cabeça
Para que a mente enriqueça
Unir cada peça
Sem que nada impeça

Quebrar barreiras
Progredir
Expandir fronteiras
Usufruir

Se aprendeu
O conhecimento é seu
Investimento que soma
Ninguém lhe toma

O que é mantido
É o conhecimento adquirido
Pessoas mudam de lugar
Onde você quer chegar?

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Genérico

Com tantos padrões
Só aumentam as questões
É acessível?
É compreensível?

Onipresente
Será?
Seria prepotente?
Quem entenderá?

Quais são as razões?
Razões racionais?
Tantas elucubrações
Realidades irreais?

Dizem que resolve tudo
Coerente, contudo?
Estamos cegos e surdos?
Ou vendo e ouvindo absurdos?

Limite entre genial
E Professor Pardal
É quadrado ou esférico?
Vertiginoso genérico

sábado, 10 de novembro de 2012

Lobisomem

Dizer que não sabe
Assumir fraquezas
Dizer que não cabe
Assumir tristezas

Cair em julgamento
Sentir o sofrimento
Depois, julgar com sentença
Invadir sem licença

Juiz ou réu
Mocinhos e bandidos
Invertendo o papel
Valores encardidos

Competição
Individualismo
Distorção
Cinismo

Enxergar o exterior
Enxergar o interior
O que se faz?
Que resultado traz?

Ainda não foi entendido
Em nossa alma lobisomem
Que nesse mundo perdido
Não existe o super-homem

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Para trás

Fique para trás
Hábito errado
Palavra mordaz
Punho cerrado

Fique para trás
O que não serve
O que julga incapaz
Sangue que ferve

Fique para trás
Efêmera moda
Quem nada faz
Tudo o que poda

Fique para trás
A injustiça
O que malefícios traz
A preguiça

Fique para trás
Todo tormento
Hora de pegar as pás
Cobrir tudo com cimento

Fique para trás
Fruto de infelicidade
Apodreça em paz
Em nome da liberdade